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Cidades

18/10/2017 16:30

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Profissionais e acadêmicos de enfermagem fazem protesto contra decisão judicial

Enfermeiros estão proibidos de realizar alguns procedimentos, como prescrição de medicamentos e solicitação de exames; trabalho está dentro das normas do Ministério da Saúde

Mais de 100 pessoas, entre profissionais e acadêmicos de enfermagem, todos vestidos de preto, ocuparam a Praça do Rádio Clube na tarde desta quarta-feira (18), contra o CFM (Conselho Federal de Medicina), que está movendo uma ação judicial que proíbe que profissionais da área da enfermagem prestem alguns serviços no SUS (Sistema Único de Saúde), como prescrição de medicamentos, solicitação e realização de exames. O serviço prestado é garantido por lei e está dentro das normas do Ministério da Saúde.

Segundo a professora substituta do curso de enfermagem da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Elaine Baez, os profissionais que atendem nas Unidades Básicas de Saúde estão aptos para exercerem o trabalho. "A lei permite o exercício da profissão, estudamos e temos competência para isso. Não queremos invadir a área de ninguém, apenas fazer o nosso serviço. Enfermeiro é autorizado a fazer e solicitar alguns exames, prescrever medicamentos. Com a liminar da Justiça, estamos proibidos de realizar esses trabalhos", explicou.

A vereadora e enfermeira Cida Amaral (Pode), participou do protesto e ressaltou que os atendimentos feitos pelos profissionais são assegurados por lei.


(Foto: Assessoria)

"Não podemos perder o direito que conquistamos e também não queremos fazer o trabalho do médico, mas alguns atendimentos podem ser realizados por enfermeiros. Estamos no 'Outubro Rosa' e sabemos o quanto a prevenção é importante. Estamos proibidos de fazer papanicolau e outros exames que poderiam adiantar o diagnóstico do paciente. São exames básicos que não podemos mais solicitar", disse. 

A decisão judicial que suspende alguns atendimentos dos profissionais não afeta apenas enfermeiros formados, mas também acadêmicos. O estudante do 2° semestre do curso de Enfermagem da UFMS, Kelven Jones de Oliveira, 21 anos, contou que agora vai ficar mais difícil de fazer estágio. "Essa decisão limita ainda mais nosso campo de atuação de estágio".

Com cartazes e carro de som, os enfermeiros pretendiam seguir da Praça do Rádio Clube até a prefeitura. 

 

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