Mães de crianças que precisam de aplicação de vacina específica para doenças respiratórias em crianças com baixa imunidade estão sem conseguir a aplicação do medicamento, pois a única pessoa que tem treinamento para fazer a aplicação, estaria de atestado médico. A vacina é aplicada no Centro de Especialidades Infantil, no Guanandi.
“Muitas mães vem de outra cidade, vem de longe e quando chega aqui, não consegue a aplicação da vacina, porque a única pessoa que aplica está de atestado? E nem somos avisados?”, questionou Kandia Lovizon, que foi levar o filho para tomar a vacina. Ele tem um ano e dois meses e devido a problemas pulmonares necessita tomar a vacina em determinados períodos do ano.
Segundo a mãe, outras crianças também ficaram sem a aplicação. “Vem no frio, o que prejudica ainda mais o estado da crianças que já tem a imunidade baixa”, lamenta.
Kandia que precisava voltar para casa conseguiu a vacina após ir até a Sesau. “Resolveram o meu problema e vacinaram o meu pequeno, mas outras mães não podem sofrer o mesmo problema”, diz ela. “Eu inclusive elogio o atendimento na Sesau, mas é preciso deixar sempre alguém no lugar do profissional que sai de férias ou atestado”.
Posição
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, a profissional responsável pela aplicação foi realmente afastada por motivos de doenças. “A aplicadora da medicação Palivizumabe está de atestado e não houve tempo hábil para remanejar um outro profissional para substituí-la. Todos os pacientes serão remanejados para a próxima semana, pois não haverá prejuízo quanto a eficácia do tratamento, por se tratar de uma medicação mensal e, portanto, ainda estará dentro do mês de junho”, garantiram.
De acordo com as informações a vacina é uma medicação utilizada na prevenção da infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Ela é fornecida pelo Ministério da Saúde aos estados e distribuída aos municípios. A Portaria do Ministério da Saúde nº 522, de 13 de maio de 2013 aprova o protocolo de uso da Palivizumabe.
A medicação é aplicada em crianças com critérios elegíveis tais como bebês prematuros com menos de 28 semanas, crianças com doença pulmonar obstrutiva crônica e crianças cardiopatas com até 2 anos de idade.
A medicação tem validade de 30 dias após a aplicação no organismo e as doses são aplicadas durante todos os meses de circulação do vírus, que compreende fevereiro a julho.