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Ciência e Tecnologia

27/06/2017 12:48

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Robótica em escolas inspira alunos a desenvolverem protótipos e soluções inovadoras

Protótipos já viraram de um amassador portátil de garrafas PET e mudaram a vida de catadores de recicláveis de Campo Grande

Robôs cumprindo missões em uma mesa de competição. Tecnológica e de tirar o fôlego, a cena é rotina para os alunos das escolas do Sesi que aprendem de Matemática à Geografia usando conceitos de robótica.

Nas aulas em que a robótica é aplicada, os protótipos já viraram de um amassador portátil de garrafas PET, que foi batizado de “Urupet” e mudou a vida de catadores de recicláveis de Campo Grande, ao “Olho de Agamotto”, um sensor para auxiliar portadores de deficiência visual, tudo planejado, projetado e construído pelos próprios alunos das escolas do Sesi. 

Além da responsabilidade com o meio que os cerca, o que fica para muitos dos alunos é a forma como a robótica tem influenciado suas futuras carreiras. Da 2ª série do Ensino Médio da Escola do Sesi de Campo Grande, Edy Luiz de Oliveira Sanches, 15 anos, pensava em tentar o vestibular para Educação Física. No ano passado, quando entrou para o time de robótica, decidiu que sua real vocação está na Engenharia de Software. 

O bacana é que, agora, Edy vai unir suas paixões, e pensa em desenvolver tecnologias para o aperfeiçoamento de desempenho de atletas. “Com a robótica, passei a conhecer coisas novas e a dúvida que tinha sobre seguir o caminho do esporte ou da programação acabou. Vou fazer Engenharia de Software na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e criar aplicativos. Já tenho um em mente, para melhorar a performance de corredores”, conta. 

Aos 12 anos, apesar da pouca idade, Deivison Ruan Alves Dias, que está no 7º ano do Ensino Fundamental, já dá como certa a profissão que quer exercer: análise de sistemas. A decisão veio no início do ano, quando entrou na Escola do Sesi de Campo Grande, e teve o primeiro contato com os conceitos de robótica. “Eu já tinha interesse pela área, e passei a gostar ainda mais depois que tivemos as primeiras aulas de robótica. A gente aprende a trabalhar em grupo, a ser mais profissional, e a ser mais responsável. Antes eu não gostava de fazer pesquisas, por exemplo. Quando entrei na robótica, tive a certeza de quero trabalhar com tecnologia e robôs”, assegura. 

Antes um bicho de sete cabeças para Janaina Silva dos Santos, 13 anos, tomou gosto pela Matemática depois das aulas de robótica. No 9º ano do Ensino Fundamental, a estudante planeja fazer faculdade de Engenharia Civil. “A robótica me fez enxergar a importância da Matemática. Participar dos torneios de robótica me fez abrir a cabeça para muita coisa. Hoje faço aulas de inglês porque eu e meus pais estamos planejando um intercâmbio para os Estados Unidos. Depois quero fazer meu curso de Engenharia Civil. Os robôs são o futuro da construção, dá para ir longe”, aposta. 

Torneio Interclasses 

Além de incentivar o futuro dos jovens, as aulas de robótica despertam o desejo de uma boa colocação no Torneio Nacional de Robótica FIRST Lego League (FLL). Organizado anualmente, em Brasília (DF), trata-se da maior competição de robótica do mundo e, no Brasil, reúne alunos de 9 a 16 anos de idade, de escolas públicas e particulares. A cada evento, as equipes são desafiadas a buscar soluções inovadoras para questões sociais. Nesta temporada, o tema é “Hydro Dinamics: “O que poderia tornar-se possível quando compreendemos o que acontece com a nossa água?”. 

Aquecimento para que as turmas dos alunos das Escolas do Sesi do Estado possam se preparar para uma possível classificação para poderem participar do Torneio Regional, em Goiânia, 41 times, distribuídos por Campo Grande, Corumbá, Aparecida do Taboado, Três Lagoas, Naviraí, Dourados e Maracaju, terão de desenvolver projetos de pesquisa inovadores que poderão, quem sabe, ajudar milhões de pessoas no futuro. “Durante esse processo, novos horizontes são abertos para que os participantes desenvolvam o interesse pela ciência e tecnologia e descubram novas possibilidades de carreira”, comenta a gerente de educação do Sesi no Estado, Simone Cruz. 

Coordenadora responsável pelo projeto de robótica nas escolas do Sesi do Estado, Juliana de Alencar Nicolau explica que a competição possui quatro etapas e os alunos são avaliados nas categorias: Projeto de Pesquisa, Core Values, Design do Robô e Desafio do Robô, realizado no tapete oficial do torneio.

“No projeto de pesquisa os alunos devem apresentar uma solução inovadora em conformidade com o tema da temporada do torneio; na etapa Core Values há uma atividade em grupo onde os juízes analisam se os valores do torneio foram contemplados: trabalho em equipe, competição amigável e aprender divertindo-se; depois o design do robô é avaliado para analisar se os alunos cumpriram os quesitos desenho mecânico, estratégia e inovação na programação; e, no desafio do robô, os robôs são projetados e programados pelos membros da equipe para executar uma série de tarefas, ou missões, durante partidas de 2 minutos e meio em uma mesa de competição que reflete o tema do mundo real para aquela temporada”. 

O cronograma do Torneio de Interclasses 2017 das Escolas do Sesi do Estado já foi estabelecido: no dia 12 de agosto disputam quatro times da escola de Aparecida do Taboado, em 19 de agosto é a vez de Três Lagoas, com 12 times, em 26 de agosto Corumbá, com cinco times, 2 de setembro Naviraí, com quatro times, e em 16 de setembro Dourados (oito times), Campo Grande (quatro times) e Maracaju (quatro times). Os alunos são premiados com medalhas e as equipes destaque são contempladas com um Certificado de reconhecimento na categoria premiada (Pesquisa, Core Values, Design Robô ou Desafio do Robô). As três equipes de melhor desempenho são selecionadas para o Torneio Regional, em Goiânia e, se classificadas, seguem para o nacional, em Brasília.

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