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COLUNA

Tiro Livre

Vinícius Squinelo

Copa acaba com lição de que jeitinho brasileiro não leva mais a lugar nenhum

No fim, a decepção pela Seleção Brasileira de Futebol, e uma lição ainda mais importante

16 julho 2018 - 11h52

(foto de capa: Getty Images)

E a Copa do Mundo de Futebol chegou ao fim depois de um mês da maior festa esportiva do planeta. No fim, a decepção pela Seleção Brasileira de Futebol, e uma lição ainda mais importante: o jeitinho brasileiro não leva mais a lugar nenhum, se é que um dia levou.

A maior demonstração disso foi do ‘menino’ Neymar. O jogador brasileiro chegou ao Mundial considerado o terceiro maior do mundo e de olho no destaque da competição; saiu como chacota geral e piada sem fim. Tudo pela mania de cavar faltas e, ainda pior, ficar no chão enrolando como se tivesse tomado um tiro.

De cinco jogos que participou (450 minutos), Neymar passou 16 deles deitado no gramado, levando a camisa 10 brasileira a rolar no chão. Nem os dois cabeleireiros e a staff gigantesca da estrela mundial serviram pra evitar que o jogador virasse chacota mundo afora. A ponto de virar desafio online e game para celular, onde o objetivo é manter Neymar de pé. O jeitinho brasileiro falhou miseravelmente.

No campo político a vergonha consegue ser maior. Michel Temer, atual presidente, sequer foi acompanhar a Seleção. E na Confederação Brasileira de Futebol, parte dos dirigentes não saem do país porque podem ser presos pela Interpol. Isso mesmo, eles não deixam o território nacional para não irem pra cadeia.

O atual presidente da CBF, Antonio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, foi à Rússia, onde foi isolado por praticamente todos os outros dirigentes da Rússia. Motivo: ele traiu acordo entre confederações da América Latina ao apoiar a candidatura do Marrocos para Copa 2026, e não votar na tríade EUA-México-Canadá.

Nunes ainda justificou: pensou que o voto era secreto e que a traição não seria flagrada. Mas uma do jeitinho brasileiro falhando.

Enquanto isso a estrela da Copa 2018 foi Kolinda Grabar-Kitarović, a presidente Croata que viajou pra acompanhar a seleção com dinheiro do próprio bolso, em voo comercial, descontando do seu salário os dias não trabalhados. E, enquanto todos estavam de terno e gravata, Kolinda torceu pelo seu time, em uma final inédita, com uma modesta camisa da Seleção Croata. Que tapa na cara do Brasil. Mais um né, na terra onde tomamos um 7x1 por dia...

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