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quinta, 28 de março de 2024 Campo Grande/MS
COLUNA

Decifrando

Marco Santos

Decifrando as responsabilidades

07 novembro 2017 - 13h51

A maior parte da população  brasileira percebe a gravidade da situação conjuntural do país.

A análise integrada das muitas pesquisas tornadas públicas, mesmo as menos confiáveis, permite essa conclusão e também a de que, se medidas urgentes não forem tomadas, o futuro do Brasil poderá estar inexoravelmente comprometido..

A muito baixa avaliação positiva do Executivo, o descrédito quase total na Política e em seus operadores; os oscilantes índices da economia quando confrontados com a dívida pública, com a baixa arrecadação,  o desequilíbrio fiscal, e a estagnação da indústria; os maus recordes recentemente estabelecidos  de homicídios, latrocínios, roubos de cargas e de veículos, dos estupros e outras formas de violência difusa, como explosões de caixas eletrônicos e bandos armados que se multiplicaram, permitem a tomada dessa consciência situacional.

Mesmo alguns estudos que mostram otimismo no segmento empresarial para 2018, caem por terra quando se verifica que os mesmos lideres, que assim se declaram, não se mostram dispostos a meter as mãos nos bolsos e investir no futuro do país.

Apenas empresários chineses, em sua maioria, atentos  às fragilidades fiscais do país, estão adquirindo os controles de empresas privadas nacionais, negociadas a “preço de banana”,  e investindo na aquisição da infraestrutura de energia e transporte, posição que deve ser vista com reservas quanto à geração de vulnerabilidades futuras em setores estratégicos.

E assim vai o Brasil caranguejando enquanto aguarda que Deus (somente Ele) possa trazer a Luz, em outubro de 2018.

Enquanto isso, a Política, irmã gêmea da Corrupção, carrega nos braços a Ideologia e empurra a Economia para destino incerto.

Para esse destino incerto e temeroso vai também a sociedade brasileira.

As redes sociais estão riquíssimas em manifestações de revolta e de indignação, especialmente com os políticos pela desfaçatez, falta de caráter e de honestidade de propósitos, ausência completa do velho e ainda importante patriotismo  demonstrados, sem exceção, diariamente.

Sobre esses quatro pilares – Política, Corrupção, Ideologia e Economia – é que o Brasil caminha mambembe, enquanto o espaço do atraso em relação ao mundo se amplia.

As novas tecnologias que mudarão quase completamente o planeta e os relacionamentos, em pouco tempo; a possibilidade de uma guerra nuclear; o posicionamento estratégico do Brasil no Séc XXI;  a nova Economia digital; as massas populacionais com possibilidades de serem excluídas dos emergentes  processos de trabalho, consumo e de vida, são  exemplos de temas que passam ao largo das discussões nas Casas do Parlamento (será que merecem letras maiúsculas?), enquanto os partidos políticos (agora chamados de Organizações   Criminosas pela Justiça), tem como única missão o salvamento das corrompidas e obsoletas carcaças corruptas de seus parlamentares.

E as responsabilidades por todo esse quadro de incertezas e de penúrias a que está submetida a parcela mais desfavorecida da sociedade nacional, particularmente, é justamente a mãe de todos os males brasileiros, a Política. 

Mas, a Política não espelha a sociedade?

Isso é bem verdade.

A sociedade como um todo tem parcela dessa responsabilidade e está pagando o preço pelas más escolhas.

É preciso, contudo, reverter o quadro e fazer  o poder  voltar às mãos de quem deve ser seu  detentor, o povo, e que se retome o caminho do Bem Comum.

As ações dessa retomada são até simples de serem intentadas.

Podem começar, por exemplo, no apoio maciço  à aquelas  pessoas e Instituições que representam valores e princípios identificados com a civilização ocidental, origem do Brasil, e  aos grupos de jovens que ainda acreditam que a lei deve ser  igual para todos.

E que Deus nos ajude!