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sexta, 29 de março de 2024 Campo Grande/MS
COLUNA

Tiro Livre

Vinícius Squinelo

Harfouche joga história e campanha própria pela janela e perde boa parte de base eleitoral

De candidato que poderia surpreender a coadjuvante de luxo em partido que muito tem a explicar...

07 agosto 2018 - 09h11

O procurador afastado do Ministério Público e protótipo de político, Sérgio Harfouche, foi o grande destaque da semana. Trocou uma campanha política própria, com direito a discurso pela tal renovação e contra corrupção, por uma chance de ser vice de Simone Tebet, no abalado MDB do preso André Puccinelli.

Defensor da família e nome forte dentro do PSC, Harfouche primeiro desistiu de uma campanha ao Senado para apostar no Governo do Estado. Dias depois, desistiu mais uma vez, e já posou como vice de Simone na convenção do MDB.

A frustração foi instantânea! As redes sociais foram inundadas por apoiadores do procurador afastado, agora se dizendo decepcionados. Os motivos são claros. Os fatos não mentem: hoje Harfouche é vice de uma candidata denunciada pelo Ministério Público e que teve bens bloqueados por suspeita de desvio de dinheiros públicos.

Hoje Harfouche anda de mãos dadas com partido liderado por um acusado de ser líder de associação criminosa (Puccinelli), e por Carlos Marun, maior defensor atual do status quo, de manter o Brasil realmente onde está, isso com sorte.

Na aliança, o MDB só tem a ganhar. Simone conta com um belo discurso, e Harfouche pode abrir a porta de seu público – maioria evangélicos – para as palavras da senadora.

Já para o protótipo de político fica o ônus. De candidato que poderia surpreender a coadjuvante de luxo em partido que muito tem a explicar. Decepção resume...

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(foto de capa: reprodução/MDB)