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Fernando Fenero

Niobium e-Bike: a bike elétrica que roda 100 km!

Piloto campeão do mundo funda empresa de bicicletas elétricas

14 novembro 2017 - 08h10

Na tentativa de encontrar um paralelo para o público brasileiro, sites nacionais caíram no erro de apresentar Lucas di Grassi como o Elon Musk brasileiro. Comparação injusta, enquanto Musk desenvolve carros elétricos e viagens para o espaço, Lucas tem um currículo esportivo invejável, que torna a comparação ainda mais desonesta: Di Grassi é o atual Campeão Mundial da Formula E (a Formula 1 de carros elétricos), e tem experiências como corredor da antiga e finada GP2, correu pela extinta Virgin na Formula 1, e foi piloto de testes de marcas como Pirelli, Michelin e Renault, além de correr em campeonatos de Endurance e na WRC. Em um dia calmo, Lucas pratica ciclismo, e foi nesse nicho que decidiu investir no Brasil.

Bicicletas são o futuro do transporte nas grandes cidade, você gostando ou não disso. O combustível fóssil vive de ciclos de crises, e o renovável é caro e falho em ser limpo. Bicicletas por sua vez tem centenas de pontos positivos, apesar do incômodo do pedalar, que desaparece quase que por completo em um produto como a Niobium e-Bike.

Pesando somente 15 kg, ela possui autonomia de até 100 km antes da próxima recarga, um valor absurso considerando as distâncias que podem ser percorridas em um dia normal. O mais desinformado leitor pode dizer: - Ah, mas faz esses 100 km na velocidade de uma tartaruga! - e dizendo isso estaria completamente equivocado: a tal bike elétrica brasileira alcança 50 km\h, a velocidade que qualquer carro estava fazendo em São Paulo por causa das leis do prefeito Fernando Haddad que foram derrubadas por João Dória. Para os amantes da velocidade, um porém: Lucas já avisou na apresentação do produto que por causa da nossa legislação, haverá um limitador de velocidade para 25 km\h, o que provavelmente pode ser facilmente driblado (afinal, estamos no Brasil como diria Dominic Toretto).

Outra grande sacada do projeto, é a disponibilidade de aluguel do serviço, que vai girar em torno de R$ 190 reais, um preço muito próximo e convidativo para quem paga por ônibus e metrô em uma capital brasileira. Considerando o preço da nossa energia elétrica, o kilómetro rodado ficaria abaixo dos R$0,20 centavos (uma senhora economia mensal). Para quem quiser comprar, o custo inicial deve girar em torno dos R$ 10.000 reais, que parecem muito, mas se considerar a economia e o ganho em saúde, parecem então um ótimo investimento.

O projeto deve começar a aparecer nas ruas paulistanas no começo de 2018, e pela presença dos pontos de recarga com uso de energia solar, não deve demorar para chegar em Campo Grande onde contamos com um enorme potencial energético para isso.