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Cultura

MusiCÃO no Blues Bar vai arrecadar dinheiro para ONG unindo rock, blues e gente do bem

O evento vai arrecadar fundos para a Associação de Proteção Animal Sueli Craveiro Cão Feliz, sediada em Campo Grande

23 março 2017 - 10h00Por Redação

Nesta sexta-feira (24/3), o BluesBar mais as bandas Whisky de Segunda e PULSE - Pink Floyd Tribute Band entram na rota do ativismo para a causa animal e realizam show para arrecadar fundos para a Associação de Proteção Animal Sueli Craveiro Cão Feliz, sediada em Campo Grande. O evento leva o nome da OnG “Música para a Cão Feliz” e terá ingressos a R$15, com toda a bilheteria repassada diretamente à associação que atualmente está com 96 animais recolhidos da rua, e em sua maioria, com doenças crônicas.

O bar, tradicional ponto de encontro de amantes da pop music,rock’n’roll, blues e jazz abriu espaço para o evento e as bandas não vão cobrar cachê para tocar na festa. “Vamos tentar arrecadar o máximo possível. A gente sabe que há não há ajuda de governos. O Whisky já fez shows beneficentes, mas essa é a primeira vez que fazemos em prol dos animais. A banda está bastante empolgada pela causa. Esta também é a primeira vez que fazemos dobradinha com a Pulse, que faz tributo ao Pink Floyd, e são muito bons”, descreveu o guitarrista do Whisky e um dos articuladores do evento, Jefferson Rosa Pasa, que emenda. “Essa também é uma ótima oportunidade para as pessoas que apoiam essa causa se encontrarem”.     

 

 (Foto: Vânia Jucá)

Sede própria

Em agosto de 2016, sonho se tornava realidade para um grupo e protetores de animais em Campo Grande, a Associação Cão Feliz era inaugurada com sede própria. Parte do material foi doado - assim como a mão-de-obra - e outra parte teve o pagamento parcelado, dívida de R$ 15 mil que se arrasta até hoje. “Antes da construção da OnG, a gente alugava um espaço que também ficava caro, pelo menos agora, é nosso”, lembra a presidente-fundadora da entidade, Kelly Macedo.

A associação foi criada em maio 2013, após a morte da protetora Sueli Craveiro, que dedicou muitos anos de sua vida à causa animal. “Eu era protetora do meu jeito, quando conheci a Sueli em 2006, que fui entender. A Sueli dedicava seu tempo a essa causa e quando ela faleceu, nós decidimos que sua luta não ficaria em vão”, justifica Kelly.

Da fundação até hoje, 4 pessoas mais a presidente tocam a entidade no dia a dia. São essas poucas pessoas que se mobilizaram para a compra dos dois terrenos e depois a construção da entidade que hoje dispõe de canis, isolamento e sala para atendimento. 
 
Necessidade atual

“O que precisamos é aumentar o número de contribuintes mensal”, aponta Kelly que calcula a média de R$ 5 mil de custos por mês para manutenção da OnG. Por dia, são 40 quilos de ração, 10 de arroz, 2 de carne mais legumes; além de medicamentos e atendimentos em clínicas e exames. Há duas médicas veterinárias voluntárias que atendem os animais que já estão na OnG, mas antes de chegar lá, muitos deles precisam de consultas de emergência, internação (que não é oferecida no local), exames e tudo isso é cobrado em clínicas. O que existe atualmente são descontos em instituições parceiras, mas esses atendimentos geram outra dívida para a entidade que já está na casa dos R$ 13 mil.


    

(Foto: Vânia Jucá)

Há contas em bancos para que pessoas possam contribuir com a entidade e esporadicamente alguns valores são creditados por lá, o que ajuda e muito, o grupo, que precisa “fazer das tripas coração” para manter o canil aberto, pois no local só são abrigados cães.

No dia a dia, dois funcionários são contratados pela entidade para fazer a limpeza, alimentação, banho dos animais. “Já tentei montar uma escala com voluntários, mas infelizmente não conseguimos sucesso. As pessoas marcavam e não apareciam e os bichos precisam comer, os canis precisam ser limpos”, conta a presidente.

O número de cães varia mas mantém-se em média nos 100. Todos foram recolhidos das ruas e em situação digna de comoção. Bicheiras, atropelamentos, doenças crônicas como infecções de pele e ainda infecções renais, hepáticas, leishmaniose, doenças virais como cinomose. “Ver o olhar de gratidão deles depois que eles saem da situação de sofrimento não tem preço. É uma luta diária, mas cada um tem sua missão nesse mundo”, diz Kelly, com a voz embargada, ao resumir sua história.  

A OnG também tem animais para adoção, mas dos quase 100 atuais, apenas 10 estão prontos para ir para um lar, o restante ainda está em tratamento. 

Show Música para Cão Feliz

Quando: Sexta-feira, dia 24-03.
Onde: Blues Bar; Rua 15 de Novembro, 1186, Centro.
Horário: Bar abre às 20; shows começam às 22h.
Ingresso: R$15, bilheteria será repassada à Associação Cão Feliz.
 
Canais para doação e mais informações sobre a OnG
Contas:
Banco ITAU:
Agência: 7408
Conta Corrente: 09260-4
CNPJ: 18638792/0001-90
 
Banco CAIXA:
Agência: 1464 – Op.003
Conta Corrente: 4147-6
CNPJ: 18638792/0001-90
 
Mais informações: (67) 99268-9882, Kelly Macedo.