O governador Reinaldo Azambuja, do PSDB, revelou que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) quer conversar com o Governo do Estado sobre o leilão em que a Petrobras arrematou o bloco da Bacia do Paraná para fazer a exploração de petróleo e gás natural em Mato Grosso do Sul. O valor arrematado foi a R$ 1.690.771,75 e o governo aposta em uma nova economia para o Estado.

"Pediram uma audiência e já temos a data, a ANP vai nos procurar para dizer do sucesso do leilão. Os blocos foram arrematados pela própria Petrobras e ela vai prospectar e fazer os estudos", explica. 

Reinaldo ainda lembrou que, a partir desses estudos, "pode ser uma nova alternativa econômica, petróleo ou gás. Isso traz desenvolvimento para o nosso Estado. É uma alternativa economicamente sustentável, sem preocupação, com seguranças ambientais totais e a gente teria mais uma alternativa". 

Investimentos 
O secretário de Estado de Administração e Desburocratização (SAD), Carlos Alberto de Assis, também comentou sobre o leilão e se mostrou positivo com a nova oportunidade de negócio para o Estado.

"O fato de haver um leilão desse porte, de uma energia nova, que possa ser explorada foi positivo. Só a propaganda do leilão já despertou o interesse de investidores para que voltassem seus olhos para o Mato Grosso do Sul", pontuou. 

Ao ser questionado, se a nova exploração no Estado de petróleo, por exemplo, poderia afetar o Aquífero Guarani, Assis disse que não. "Não tem nada a ver, tem expertise, tem experiência e estudo.  Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Isso daí, é a pessoa que vê o copo sempre vazio, eu vejo sempre cheio. Temos que preservar o Aquífero Guarani, preserva-se e vamos buscar alternativas, vamos buscar suprir aquilo que perdemos com o gás da Bolívia". 

Bloco de Mato Grosso do Sul 
O bloco de Mato Grosso do Sul fica na Bacia do Paraná e foi arrematado pela Petrobras, pelo valor de R$ 1.690.771,75. O leilão foi realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no dia 27 de setembro. A estatal deve investir R$ 20,5 milhões, porém, logo que assumir a concessão, deverá entrar com pedido de licenciamento ambiental para fazer a exploração no Estado. 

Ao todo, 17 cidades estão no bloco de exploração da Petrobras. Água Clara, Anaurilândia, Angélica, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Campo Grande, Deodápolis, Ivinhema, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Santa Rita do Pardo, Taquarussu e Três Lagoas. As áreas são geologicamente pouco conhecidas e necessitam de tecnologia para serem exploradas.