O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse, na manhã desta segunda-feira (8), que o presidente da Bolívia, Evo Morales, sinalizou interesse em vender gás diretamente para os estados do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul). “Nós, que compomos o Codesul, vamos fazer uma reunião dia 22 de maio em Florianópolis para iniciarmos avanços de uma organização para pós 2019”, apontou.

A partir de 2019, a Petrobras não vai mais importar o gás boliviano e o governador quer, a partir de então, criar um polo entre Corumbá e Ladário com uma termelétrica de R$ 1,2 bilhões, que teve a licença ambiental liberada em janeiro. Nesse projeto, a previsão é de importação de 1 milhão a 1,2 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia, segundo o diretor presidente da MSGÁS, Rudel Trindade.

No caso da termelétrica de Ladário, a vantagem é que não haveria custo de transporte pelo gasoduto. O gás boliviano seria entregue na fronteira, por meio de um ramal que já foi concluído, mas está desativado. “A expectativa é que logo, com o fechamento do contrato de suprimento de gás compra direta, o projeto da térmica de Ladário possa ser cadastrado nos leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica”, aposta Trindade.

Durante agenda na Câmara Municipal, Reinaldo ainda disse que, de janeiro a março deste ano, o Estado teve uma diminuição de arrecadação do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), mas duas ligações do presidente Michel Temer ao presidente da Petrobras, Pedro Parente, facilitaram as negociações.

"Passamos a cobrar por meio de decreto de 12% que entrava para 17%. É claro que esses 5% de crédito de ICMS vamos ter que devolver depois. Mas o nosso objetivo do Codesul é promover um equilíbrio”, completou. Além de Mato Grosso do Sul, compõem o Codesul os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.