O Secretário de Administração e Desburocratização, Carlos Alberto Assis, mudou o tom do Governo Estatual e disse que, a partir de agora, a prioridade é trabalhar para pagar o 13º salário aos servidores, de forma integral até 20 de dezembro. Assis lembrou que não há receita e nem novos recursos financeiros.

Além disso, o secretário frisou que o reajuste concedido aos servidores, de 2,94%, deve impactar diretamente nas contas em R$ 12 milhões ao mês, a partir de setembro.

Durante conversa com o TopMídiaNews, Carlos Alberto informou que o foco do governo é buscar o pagamento do 13º salário até o dia 20, de forma integral. "Quase certeza que vamos cumprir", disse o secretário.

A mudança de posição surpreendeu, uma vez que na sexta-feira (18), a conversa do governo era outra. O secretário de Governo e Gestão Estratégica do Estado, Eduardo Riedel, declarou que ainda era cedo para tratar do 13º salário dos servidores. Ele comentou que o governo está trabalhando para solucionar os problemas econômicos atuais.

Questionado se o depósito da primeira parcela do salário extra está garantido, Riedel respondeu que o 13º está longe e é uma questão para o fim do ano. "Estamos trabalhando com muito afinco para garantir esse direito do nosso servidor'', concluiu Riedel.

No começo do mês passado, o Governo iniciou estudo para parcelar ou escalonar os salários dos 75 mil servidores estaduais. O motivo principal é a queda na arrecadação dos tributos, principalmente após a Petrobras reduzir o bombeamento do gás natural boliviano.

Em maio, o Governo divulgou o balanço do primeiro quadrimestre de 2017, apresentando déficit de R$ 376 milhões. Mesmo tendo arrecadado, entre janeiro e abril, R$ 3,5 bilhões, as despesas ultrapassaram os R$ 3,8 bilhões.