Menu
sexta, 29 de março de 2024 Campo Grande/MS
DENGUE GOV MS
Economia

Sem extravasar, campo-grandense deve comprar presentes mais baratos no Natal

Previsão do comércio é que setores como o de brinquedos e confecção devem ser os mais beneficiados em 2017

23 dezembro 2017 - 13h30Por Amanda Amaral

A economia em recuperação deixou o consumidor receoso em relação às compras de fim de ano e, ao menos em Campo Grande, os presentes de Natal devem ser menos caros do que em outros anos. Isso é o que prevê a Associação Comercial de Campo Grande (ACICG), que projeta aumento de apenas 2% nas vendas em comparação a 2016.

Apesar do crescimento tímido nas vendas, devem ser beneficiados os setores em que aquela lembrancinha tem maior valor simbólico do que o financeiro. Entre eles, se destacam os brinquedos e roupas, geralmente pagos em uma ou poucas parcelas.

Levantamento feito pelo Google em 2017 mostra que a Barbie lidera o ranking de pesquisa de brinquedos no período deste Natal, com 12,8% do total – nesse percentual estão incluídos todos os produtos da marca, incluindo bonecas, jogos, massinhas, acessórios, entre outros. O segundo brinquedo mais pesquisado é o Lego, com 8,9% das buscas. O bebê reborn é o terceiro do ranking, com 7,3% das pesquisas, seguida pela Baby Alive (7,2%) e Nerf (3%).

Segundo o economista da ACICG, Normann Kallmus, isso se dá em função da recente recuperação da economia, que ainda não permite ao consumidor grandes compromissos. “Dessa forma, devem ficar de fora ainda os setores de bens duráveis como automóveis e eletrodomésticos da linha branca. Eletrônicos, TV's e smartphones, estão em um valor intermediário e podem, dependendo das condições gerais, também se beneficiar desse aumento no consumo”, explica.

Renda extra

Ele salienta, porém, que é um bom momento para se garantir um ‘bico’ e pagar as contas neste final de ano. Com o aquecimento do comércio, empresas ainda precisam de vagas para vendedores, principalmente.

“Desde agosto temos verificado uma tendência de aumento nos postos de trabalho formais em Campo Grande”, avalia Kallmus. Esses postos devem permanecer até os primeiros meses de 2018, pois, após o Natal, acontecem os ‘saldões’.

Dívidas x Presentes

A pesquisa de Natal da Fecomércio (Federação do Comércio do Estado do Mato Grosso do Sul) aponta mais detalhes de como devem ser gastas as economias do sul-mato-grossense, que apontou o pagamento de dívidas como prioridade. A pesquisa ouviu, em maior parte, pessoas entre 18 e 29 anos e que ganham de 1 a 3 salários mínimos.

Os resultados da pesquisa destacaram que 40,07% dos pesquisados no Estado receberam o 13º salário. No MS, a projeção era de movimentação de R$2,39 bilhões, distribuídos entre 1.049.277 pessoas (DIEESE, 2017).

Dentre as principais utilidades do benefício, de acordo com a pesquisa, estão: o pagamento de contas em atraso (32,95%), a poupança (19,19%) e o pagamento de despesas de início de ano – IPTU, IPVA, material escolar (9,86%).

No que se referem às intenções de consumo de Natal, 9,25% das pessoas disseram ter intenção de gastar o 13º salário com presentes. Das pretensões de compras, estima-se que 47,29% da população de Mato Grosso do Sul presentearão filhos, mãe, e esposo (a). A média de presentes a serem comprados é de dois (26,10%) e, dentre as preferências, encontram-se: roupas (37,79%), brinquedos (23,31%) e calçados (12,68%).

As compras devem acontecer de última hora, dias antes do Natal (59,90%), nas lojas da região central dos municípios e o dinheiro foi apontado como a forma predominante de pagamento.

Há a expectativa que somente as comemorações de natal movimentem R$95,55 milhões e que o gasto médio seja de R$207,49, um aumento na movimentação total de Mato Grosso do Sul de 5,31%, em relação a 2016.