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Abandonada, rodoviária de Aquidauana vira cracolândia e problema de Saúde pública

Homicídios, brigas e furtos já foram registrados no local, além da sujeira característica

02 novembro 2017 - 15h15Por Bruna Vasconcelos

O caso dos usuários de drogas que frequentam a rodoviária de Aquidauana já pode ser considerado um problema de Saúde Pública. Pelo menos é o que afirmam os comerciantes da região. Isto porque a população já não sabe mais quais medidas tomar para que a baderna provocada pelos frequentadores não tire o sossego de quem precisa passar pelo local.

Não importa o dia da semana, basta o sol se pôr que desabrigados e usuários de drogas tomam conta do lugar usado para embarque e desembarque de passageiros do município. Além de consumir entorpecentes sem o menor pudor, eles ainda provocam medo em quem precisa caminhar pela rua ou frequentar algum comércio do bairro. Homicídios, tentativas de homicídio, brigas e furtos são alguns dos casos registrados pela Polícia Militar. 

Everaldo Cristóvão, proprietário de uma conveniência na esquina da Rodoviária, reclama que a situação vem piorando desde o começo do ano. Ele, que possui o estabelecimento há 20 anos no mesmo local, acredita que a Prefeitura Municipal deveria fazer uma ação para colocar ordem no lugar. 

“A polícia faz ronda, mas não adianta. A prefeitura deveria fazer uma ação que realmente desse resultado para acabar com esse ajuntamento aqui na frente.”

O comerciante ainda afirma que essas pessoas em vulnerabilidade social “perturbam todo mundo”, desde os passageiros da Rodoviária, até os clientes que vão na conveniência.

“Eles atrapalham o meu fluxo porque o pessoal passa aqui com medo, fora as residências que não tem sossego porque eles brigam entre eles e também tem a questão da insegurança dos passageiros”.

O outro lado

Em defesa, a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, afirma que o órgão tem tomado medidas em relação ao caso e proporcionado ações em torno da rodoviária. O secretário,  Marcos Ferreira Chaves de Castro, conta que a maioria dos frequentadores são moradores da própria cidade e não aceitam ajuda.

“Oferecemos assistência em convênio com o Lar Betânia, mas eles não querem receber atendimento. Dos usuários, dois não são de Aquidauana e já oferecemos passagem de volta, mas também não aceitam.”