Os passageiros que precisam fazer a rota de 425 km entre Corumbá e Campo Grande desembolsam cerca de R$ 140 pela empresa Andorinha. Oferecendo os serviços há cerca de 30 anos, a empresa é a única responsável pelo transporte intermunicipal na Cidade Branca.
Pelo trajeto Londrina/São Paulo, cerca de 530 km, a empresa cobra o mesmo valor pela ida e volta. O motivo de tanta diferença é, segundo o vereador Chicão Vianna (SD), a falta de concorrência em Corumbá.
Sem abertura de licitação, a população fica refém de apenas uma opção, sendo obrigada a pagar o preço que é ofertado. O vereador afirma que, durante aprofundamento no assunto, entrou em contrato com a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (Agepan) para procurar soluções de acabar com o monopólio, mas foi informado que a licitação seria competência do Governo do Estado. Indignado, Chicão afirma que “entra governo e sai governo e a cidade continua estagnada”.
“Esse contrato vencido está pendurando Corumbá. Uma cidade turística deve haver concorrência de, no mínimo, 3 empresas para ter o preço justo. Nossa cidade tem uma renda per capita bem menor que Londrina e lá o valor é mais barato por uma rota mais longa.”
Ainda de acordo com o vereador, o valor da passagem oferecida na Cidade Branca é uma das mais caras do Brasil e o contrato vem sendo empurrado com a barriga sem citação do Governo.
Na manhã desta sexta-feira (8), a empresa trocou a frota de veículos após a instalação da empresa Seriema como forma de fretamento no mesmo trecho. Sem habilitação para oferecer o transporte na rodoviária, a Seriema tem um horário por dia pelo valor de R$ 140 ida e volta com ônibus de dois andares, wi-fi, banheiro e ar-condicionado.
“Em todos os meios existe concorrência. Por que no transporte de Corumbá tem que ser diferente? Eu concorri pra conseguir minha cadeira, todos nós concorremos. Os moradores precisam ter o livre arbítrio de escolher qual empresa querem usar.”
