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16/12/2017 11:30

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Esquecido no tempo, bairro não está nem no mapa de cidade de MS

Projeto do lugar contava com parques, academia ao ar livre e asfalto, mas foi esquecido durante os anos

Esgoto a céu aberto, falta de drenagem e limpeza, crateras no meio das rua e sem visitas dos Correios, o Conjunto Habitacional Lidio Barbier, em Anastácio, parece ter sido esquecido no tempo desde a morte do ex-prefeito Cláudio Valério. Na gestão do falecido prefeito, o projeto do lugar contava com parques, academia ao ar livre e asfalto. Mas não é isso que os moradores vivenciam diariamente.

Sem aparecer no mapa do município, a população do Conjunto Habitacional vem sofrendo também com o esquecimento, não só do Poder Público, mas também dos Correios. As correspondências não chegam e, mesmo os munícipes pagando taxas para a prefeitura, as ruas do local não possuem nome efetivo.

Os moradores, que preferem não se identificar, chamaram a reportagem do TopMídiaNews para ver de perto a sujeira e a falta de comprometimento que a prefeitura estaria tendo com o Conjunto.

De acordo com a população, a capina das ruas é feita somente até o posto de saúde. Nas ruas paralelas, os próprios moradores arrancam os matos com medo da presença de bichos peçonhentos. Os campinhos, que servem para as crianças jogarem bola, possuem manutenção dos frequentadores.

O esgoto a céu aberto forma um traço verde de sujeira e mau cheiro que exala pelas ruas quando o sol esquenta a terra. O bairro não conta com adequação de galerias pluviais e a população também paga, cada um do seu bolso, as obras de contenção para que a água não invada as residências.

“Meu marido teve que construir um muro e abrir uma viela para a água escorrer. Dá até pra pescar no fundo da nossa casa de tanta água que acumula e brota da terra”, conta uma entrevistada, que preferiu não se identificar.

As crateras e a falta de patrolamento também geram dor de cabeça para os motoristas e pedestres que transitam pelo local. Há relatos de quedas e desiquilíbrios de idosos, que precisam chegar até suas respectivas casas passando entre pedregulhos, desníveis e buracos.

Se não bastasse, mensalmente os residentes do Conjunto Habitacional pagam multas por atrasarem as contas. O motivo, segundo eles, seria que as ruas não constam no mapa da cidade e cada correspondência tem um nome diferente. Quem não consegue ir até a agência dos Correios mais próxima, acaba não recebendo as faturas básicas como de água e luz.

“É um descaso. Já reclamamos, mas parece que não adianta. Os vereadores não vêm aqui e não dão voz ao povo. É um matagal por todos os cantos, crateras enormes colocando em risco a vida de crianças e idosos, e sem falar de quem não tem como ir até o Correio, não recebe a conta. Não aguentamos mais”, conta a moradora.  


 (Contas de um mesmo imóvel constam com endereços diferentes)

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