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Entrevistas

11/12/2017 15:29

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'São Julião pode produzir mais, mas depende de recurso para isso', afirma administrador

Amilton Fernandes destaca que o local tem capacidade para colaborar ainda mais com o SUS

O Hospital São Julião serve de resguarda para os grandes hospitais de Campo Grande, atendendo cerca de 500 pacientes diariamente. De acordo com o diretor administrativo do local, Amilton Fernandes Alvarenga cerca de 92% do hospital atende pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em diversas especialidades.

Porém, vale destacar que a sede atende apenas pacientes encaminhados pelos hospitais, não faz atendimento imediato intermediado pelo próprio paciente. “A pessoa não pode vim buscar o atendimento, ela tem que ser encaminhada por um dos hospitais. Apenas pacientes com suspeita de hanseníase que podemos fazer o atendimento sem encaminhamento porque somos referência”, explica Amilton que está a frente do local há dez anos.

O local possui 105 leitos cirúrgicos e 70 leitos clínicos e foi a boa intenção de uma italiana que colaborou para o crescimento do local, que antes era administrado pelo poder público.

Confira abaixo a entrevista completa com o administrador:

TopMídiaNews: quais são as especialidades do hospital São Julião?

Amilton Fernandes: antes o atendimento era voltado apenas para pacientes com hanseníase, hoje o hospital se desenvolveu e oferece oftalmologia completa, otorrino, cirurgia geral, pediátrica geral, cabeça e pescoço –tireoide e continuamos internando hanseníase porque somos referencia. Temos 105 leitos cirúrgicos e 70 leitos clínicos. Os leitos cirúrgicos internam pessoas pré e pós operatório. No leito cirúrgico temos pacientes internados por outras questões. Nosso hospital hoje serve de retaguarda para grandes hospitais. São cirurgias eletivas, não são de urgência porque não temos UTI e nem CTI. É um atendimento de longa duração.

TopMídiaNews: quantos pacientes são atendidos por mês?

Amilton Fernandes: temos 71 leitos que vivem constantemente pacientes, mas atendemos oftalmologia, atendemos 1.500 consultas de oftalmologia, mas também oferecemos entorno de 2.500 cirurgias mês, com outras especialidades. Roda aqui umas 500 pessoas por dia, o hospital está em uma área de 240 hectares.

TopMídiaNews: o local possui algum serviço que não é disponibilizado em outros hospitais?

Amilton Fernandes: temos a odontologia sob sedação com pessoas que tem algum problema neurológico. A cirurgia é feita sob sedação, tem que sedar o paciente na sala cirúrgica para fazer canal e outros tratamentos, tem que ser assim. O Único hospital que faz isso no Estado é o São Julião, vamos fazer dia 15 de dezembro também, a fissura labial ou fissura palatina,  popularmente chamada de lábio leporino. Tem mais de 50 crianças que teriam que operar com três meses, mas passaram. Vem médico de Bauru agora ensinar a técnica aos nossos profissionais e vamos começar a fazer via SUS.

Fissura palatina são malformações congênitas, de apresentação variável, ocorrem durante o desenvolvimento do embrião, e é caracterizada pela presença de comunicação buco-nasal, em consequência da perfuração do palato (duro ou mole), onde é possível observar o septo nasal, assim como as conchas inferiores Atualmente faz apenas em Bauru, agora vamos fazer 10 cirurgias lábio

TopMídiaNews: Qual a maior dificuldade do hospital atualmente:

Amilton Fernandes: A dificuldade gravíssima é o financiamento do serviço. Temos contrato com a prefeitura de Campo Grande, dinheiro vem da União, Estado e Município, mas o nosso contrato é com a prefeitura de Campo Grande. Temos contrato para atender entorno de 90 mil procedimentos no ano, temos realizado nos últimos cinco anos entorno de 120% acima do que estamos contratados. Isso agrava porque não somos remunerados, o problema grave do São Julião é o sub financiamento, conseguimos ter diferencial porque recebemos muito auxílio, a irmã Silvia tem muitos contatos e consegue muita ajuda, mas fica cada vez menos frequente isso, porque do poder público não vem. Nesses dois anos, foram os piores que tivemos com situação muito grave porque além de não cumprir o déficit, atrasa.

TopMídiaNews: como está o contrato com a prefeitura, estão renovando?

Amilton Fernandes: Estamos dialogando sobre essa questão com a prefeitura, por enquanto ainda não temos nenhuma posição para repassar, mas em breve teremos notícia sobre essa questão. 

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