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15/07/2016 17:17

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'Big Brother' nas escolas começa a dar resultados em projeto piloto

Para aumentar a segurança e inibir atos de vandalismo, as escolas estaduais de Mato Grosso do Sul passarão a contar com sistema de videomonitoramento ligados à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Alguns meses após a introdução do projeto piloto em algumas dessas escolas, em Campo Grande, os resultados já aparecem e têm sido positivos.

A ideia que no início causou receio de pais, alunos e professores tem se mostrado eficaz para reduzir problemas dentro e fora das salas de aula, em horário letivo ou não. Na Escola Estadual Arlindo Andrade Gomes, na Vila Sobrinho, as câmeras instaladas em fevereiro já ajudaram a coibir atos de vandalismo, brigas, consumo de drogas, furtos e ‘fugas’ das aulas.

Na unidade, há 58 câmeras, seis delas com visão noturna, que gravam imagens monitoradas em tempo real pelos próprios professores e diretores. Há previsão de que sejam instaladas ainda mais, para dar conta do tamanho do prédio e da quantidade de pessoas que circulam no local. Ao todo, são mais de 1.050 alunos, divididos em três turnos, 107 funcionários e 76 professores.

Foto: André de Abreu


Conforme o diretor da escola, Marcelo José, o ‘Tékão’, houve uma grande mudança e o ambiente agora é de mais respeito, não de ‘invasão de privacidade’, como dava a impressão antes do projeto ser testado. “A questão pedagógica se transformou completamente. Os pais que tinham receio hoje agradecem, pois perceberam que o ambiente está muito mais seguro, assim como os professores, que sabem que o monitoramento não interfere no seu trabalho”, diz o diretor.

As telas que mostram o que acontece em cada canto da escola, corredores, quadra de esportes, biblioteca, salas de aula e até ponto de ônibus do lado de foram ficam na sala da coordenação e da direção. Marcelo conta que já foram gravadas cenas de princípio de brigas e até mesmo um aluno tentando mudar a direção da captação das imagens, para poder ‘matar aula’, mas as ocorrências do tipo são mínimas.


Foto: André de Abreu


“Acredito que os estudantes entenderam que não é hostilidade, é bom pra eles. Assim conseguimos ter ciência do que se passa, encontrar os verdadeiros responsáveis por algum ato errado, já que as imagens ficam arquivadas também por um certo tempo e podemos sempre conferi-las”, relata.

O investimento inicial, que contou com a instalação de um sistema de proteção nas entradas das escolas, através de um dispositivo de senha que controla o fluxo, foi de R$ 40 mil reais. A escola funciona há 42 anos e ainda precisa de alguns reparos em sua estrutura predial, mas está presenciando dias melhores.

Foto: André de Abreu


Além da Escola Estadual Arlindo Gomes, oito escolas já receberam os equipamentos. As demais instalações estão previstas para iniciar em Campo Grande, mas ainda não há data definida, pois depende da abertura de editais. A iniciativa deve ainda ser estendida para as demais cidades do interior.

De acordo com secretário estadual de Justiça, José Carlos Barbosa, a medida contemplará a segurança de alunos, professores, funcionários e pais. “Estamos iniciando a conversa, temos um núcleo dialogando com a Educação para verificar o formato”, destacou.

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