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Proposta polêmica, cota para mulheres no mercado de trabalho divide opiniões na Capital

Em alguns países, sistema de cota foi implantado há mais de 10 anos

31 dezembro 2018 - 10h47Por Nathalia Pelzl

A presença da mulher no mercado de trabalho, e em cargos de chefia, tem sido cada vez mais frequente nos últimos anos, no entanto, ainda existem algumas restrições e preconceitos, o que faz com que essa colocação ainda não seja suficiente quando comparado aos homens.

Cota para mulheres em empresas é uma discussão antiga, na Noruega, por exemplo, a implantação de cotas empresariais para mulheres em seus conselhos diretores, teve início entre o fim de 2002 e começo de 2003.

E a equipe TopMídiaNews foi até as ruas de Campo Grande para saber o que as pessoas acham disso, afinal é preciso que tenha cotas para as mulheres? A igualdade de gêneros no mercado de trabalho e em outros setores ainda é um sonho distante?

Para a estudante de biologia Bruna Kayela, de 21 anos, existir determinação e implantação de cotas para as mulheres no mercado de trabalho ou qualquer outra situação seria duvidar da capacidade e potencial da classe.

“Existir cota é uma forma de machismo disfarçado, é fingir que não existe preconceito, é duvidar da capacidade com relação ao homem. É o mesmo que colocar entrada free em balada, somos usadas para atrair o público masculino, na verdade nós precisamos de igualdade”, defende a estudante.

O servidor público Salviano Alves, de 32 anos, concorda com a estudante, na visão dele as contratações devem ser feita de acordo com o profissionalismo de cada um, e que o sistema de cotas cria uma divisão de classes e estimula o preconceito.

Já para a psicóloga Tayza Cavassa, de 31 anos, essa determinação ajudaria a mulher a se posicionar mais, pois vivemos em uma sociedade patriarcal e machista, o que dificulta a colocação das mulheres em determinados cargos.

“Hoje ainda existe discriminação, a diferença salarial é gritante, a implantação de cotas seria um facilitador para a colocação da mulher no mercado de trabalho e em determinados cargos, como engenharia e outras áreas”, conclui.

Além da Noruega, outros países também já trabalham com sistema de cota, entre eles França, e Alemanha. No Brasil existe um projeto de lei para criar cotas para mulheres, no entanto, o debate ainda não emplacou.

Com o sistema de cotas ou não, a luta é por igualdade e respeito em todos os setores, seja social ou profissional.