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08/03/2017 20:00

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De mal a pior após operação da PF: em três anos, oncologia de MS é desaparelhada

Sangue Frio acabou ficando no passado, mas situação piorou no Estado

Em 2013, no auge da Sangue Frio, os investigadores da Polícia Federal e a promotora do Ministério Público Estadual Paula Volpe tinham um mantra para a mídia: a oncologia de Mato Grosso do Sul foi desaparelhada.

Porém, três anos depois da operação, o que se viu foi o setor ser totalmente desestruturado. O pouco que tinha, mas que funcionava, hoje já não suporta a demanda mensal de pacientes. A promessa de novos aceleradores lineares – aparelho usado para radioterapia – ficou só no papel e na boca de Carlos Coimbra, conhecido amigo de Paula Volpe e que assumiu o Hospital do Câncer Alfredo Abraão também em 2013.

No ano seguinte, o golpe mais doloroso na oncologia regional: a Santa Casa, maior hospital público do Estado, anunciou o fim do seu setor de oncologia. Historicamente, a Santa Casa atende os pacientes de câncer que necessitam da radioterapia, uma demanda que já chegou aos 600 por mês. Enquanto isso, o HC terceiriza o atendimento de praticamente todos os pacientes que precisam da radioterapia, cerca de 160 a cada 30 dias.

Com o fechamento da oncologia da Santa Casa, toda a demanda foi redistribuída para o Hospital do Câncer. Sem ter estrutura para atender nem a sua própria demanda, o HC fez o que faz de melhor: terceirizar. 

Pressionado pela mídia, a Santa Casa voltou atrás e retomou os atendimentos em oncologia. Mas de forma ainda mais precária. Na prática, o que se vê é uma completa desestruturação da oncologia regional quase quatro anos após a Operação Sangue Frio, que prometeu remodelar e trazer novos ares ao setor, mas afundou de vez. Quem sofre? Quem necessita do atendimento.

Já neste ano, mês passado, novamente foi veiculada a possibilidade do setor de oncologia da Santa Casa fechar as portas. Novamente, pela pressão da imprensa, as portas do atendimento seguem abertas.

Radioterapia
A limitação no tratamento ainda é o acesso aos equipamentos. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda um aparelho de radioterapia para cada 300 mil habitantes, ou seja, 680 equipamentos de alta voltagem em funcionamento para atender às necessidades da população brasileira. No entanto, hoje existem 360 aparelhos funcionando no Brasil, sendo que 280 deles atendem o SUS (Sistema Único de Saúde).

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