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Em um ano, trânsito violento faz quase sete mil vítimas em Campo Grande

Entre janeiro de 2016 e 2017, ao menos 75 pessoas morreram em decorrência de ferimentos causados em acidentes nas ruas da Capital

23 janeiro 2017 - 16h19Por Amanda Amaral

Falta de educação, responsabilidade e sensibilidade formam a tríplice causadora de acidentes de trânsito, que em Campo Grande somam 6.942 vítimas leves, graves e fatais entre o início de janeiro de 2016 e a primeira quinzena de 2017. Destas, 75 pessoas, ao menos, não resistiram e morreram no momento ou após os acidentes na área urbana.

As colisões transversais e quedas de motocicleta ocupam os primeiros lugares na estatística levantada pelo Placar da Vida, da Agetran (Agência Municipal de Trânsito). O placar, realizado desde 2011, cruza dados da polícia com as fichas de pacientes de hospitais e unidades de saúde da Capital, através do trabalho do GGIT (Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito).

Chefe do Departamento de Educação no Trânsito, Ivanise Rotta pontua que as políticas de sensibilização e punição são definidas pelo Código de Trânsito Brasileiro e implementadas pelo Município. “Sensibilizar todas as pessoas que circulam em nossa cidade não é tarefa fácil, pois o cidadão pode escolher em respeitar ou não as leis. O trânsito é um espaço coletivo, sendo assim poder público e população são corresponsáveis pelas atitudes corretas que devemos adotar nas vias para viver mais e melhor”, diz.

Fator não menos importante que a educação, está a qualidade da malha viária. De responsabilidade da Prefeitura Municipal, que deve manter as vias adequadas para boa circulação do trânsito de animais, veículos e pessoas, o asfalto frágil e esburacado é frequentemente a causa de acidentes. As pistas ‘esfareladas’, em constante e quase invisível operação tapa-buracos, piora a cada chuva forte e é mais um desafio para quem transita pela cidade.

Com número tão elevado, o TopMídiaNews e TopMídiaMS começaram neste mês de janeiro, com apoio da Polidigital, uma campanha de conscientização contra a violência no trânsito. Venha ser nosso parceiro nessa empreitada! Entre em contato no 3384-7965 para fazer parte deste projeto.


Multas

Apesar das penalidades para infrações de trânsito terem ficado mais pesadas desde novembro de 2016, o índices altos continuam. Esses valores variam de R$ 88 para a infração leve e R$ 293,47 para a gravíssima.

A prática campeã de multas é o excesso de velocidade, ou seja, quando o condutor trafega a uma velocidade acima da regulamentada. Em segundo lugar, fica o uso do celular ao volante, o que se tornou infração gravíssima e frequentemente faz com que outras ilegalidades sejam cometidas em seguida, como a ultrapassagem durante o sinal vermelho e o avanço pela faixa de pedestres.

A falta do cinto de segurança – que não é obrigação apenas do condutor e passageiro do banco da frente – também figura entre as principais práticas ilegais.

Conscientização

O principal objetivo do projeto é reduzir lesões e óbitos no trânsito por meio do fortalecimento de políticas de prevenção, por meio da qualificação, planejamento, monitoramento, acompanhamento e avaliação das ações. Clube do Setinha, Melhor Idade na Faixa, Escola Segura, Volta às Aulas e Cadeirinha. Estes são os quadros de atividades desenvolvidas pelo órgão, que repassam informações sobre comportamentos seguros com atividades em diversos pontos da cidade.

Foto: Geovanni Gomes

De acordo com o Departamento de Fiscalização da Agetran, as blitzes também cumprem repressivamente o caráter educativo e preventivo para garantir o cumprimento das leis vigentes no CTB (Código de Trânsito Brasileiro).

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