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Dia das Mães

14/05/2017 10:48

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No dia das Mães quem escolheu adotar animais também comemora?

A discussão segue, mas enquanto houver amor, que ele seja pelo menos um "treino" para a responsabilidade de criar um filho

Mãe de bicho também é mãe? A discussão sempre se reacende quando algumas datas chegam e o dia das mães também fazem parte. E se hoje os pets estão como “estrelas” da casa, e tratados como filhos, a maioria das mulheres acreditam que sim, mãe de bicho também pode receber “Feliz dia das Mães”.

Quem tem seus pets, claro, dizem que sim, é mãe, porque é amor. “Mas é claroooooo, são meus filhos de 4 patas e ai de quem fizer algum mal para eles”, garante Dayane Fidelis exclamando um amor cheio de vogais, como que para sim, reafirmar.

Letycia Teruel também é enfática. “Meus cães, meus filhos”. O mesmo diz a advogada Jacqueline Hidelbrand Romero, que inclusive fala em educação. “É mãe! Converso com os meus, ensino, educo. Eles têm deveres e obrigações dentro de casa’.

Mãe da pequena Alícia, a cabeleireira Denise Macedo também concorda. “Meu pet é meu filho, fim”. E há ainda, quem se sinta avó de pets também, é o caso da jornalista Miriam Ibanhes. “É mãe sim. Eu sou vó de um casal”, diz ela mostrando as fotos dos gatos que as filhas tem em casa.

Protetora de animais, Bruna Rajão também defende. “O que é ser mãe? Se definirmos como sendo alguém que ama, zela, cuida e protege outrem, mesmo não sendo do mesmo sangue pois senão estaríamos excluindo inclusive mães que adotam, sim. Até porque, para algumas mães, "mãe" é só um título”, aponta.

E bem econômica com as palavras, Roseane Nascimento define tudo com uma imagem. “Esse é meu filhão lindo e gostoso! E eu amo muito! #MãeDePet”, diz mostrando a foto de Hulk, que simpático que é, dá vontade de abraçar, igual um bebê.

Até entre os homens, a questão é deixar as pessoas serem o que quiserem. “Mãe é quem cria... Gente! Mas ah, deixa as pessoas falarem que são mães, não vejo problema não. #stopproblematization”, diverte-se Eder Lima, que já prevê a “treta sobre o assunto”.

Responsabilidade por um PET versus responsabilidade por um bebê

E é aí, que entra a discussão. Claudinha Barros, por exemplo, é apaixonada por Bisteca Maria, simpática cadela que ela trata como “filha”, ainda assim, ela acredita que um pet não traz as mesmas limitações que um filho trás para as mulheres que são mães.

“Eu sou mãe de cachorro e gato, mas apenas no sentido do amor. Nunca perdi uma vaga de emprego porque tenho pets, deixá-los sozinho não é crime.  Eu amo os meus bichos, como uma mãe, chega dói mas socialmente eles não me limitam”, acredita ela ao opinar sobre o assunto.

Nesse sentido a assistente social Alinny Vilela. “Eu tenho cachorros, gatos e filhos e digo que existe amor e tudo mais, mas o que difere é a responsabilidade. O mais novo do grupo é o Bolota, the cat e ele dá menos trabalho que a mais velha que é a minha filha Valentina. Eu ainda não durmo uma noite toda há quase 5 anos, eu não como todo dia no horário porque às vezes tenho que dar peito para o caçula mesmo eu estando com fome”, conta.

A responsabilidade, segundo Alinny é outra. “O que muita gente não compreende é que ser mãe é muito além do amor é a responsabilidade. Eu posso sair e deixar meus gatos e cachorros em casa, mas não posso fazer isso com as crianças. Eu parei de trabalhar quando minha filha nasceu e escolhi isso para poder educar meus filhos pois uma escolinha em tempo integral seria mais do que eu ganhava pra trabalhar, não precisei fazer isso por causa dos cachorros”, explana.

“A responsabilidade de criar um ser humano é muito maior e mais complexa do que um animal. Fora que as independências deles vêm primeiro, tive que dar leitinho para o Bolota na seringa por 4 semanas de 3 em 3h. Amamento meu caçula há quase dois anos”, compara.

O mesmo pensamento da advogada Evelyn Gesser Ascenço. “Não. Eu amo minha cadela, mas ser responsável por outro ser humano do jeito que uma mãe (e um pai) é, não é a mesma coisa. Não tem como ser”, acredita.

Passando por uma experiência de “lutar para ter um filho”, a assessora de imprensa Karen Andrielly é enfática e aceita enfrentar críticas. “Sei que muitas vão me criticar, mas vou correr esse risco. Tenho certeza que todas que falam que mãe de pet é mãe, amam por demais seus bichinhos de estimação e sei q já fazem parte da família, mas  Mas podem ter certeza que o amor, por maior que seja, nem se compara com o amor de uma mãe por um filho. O amor de mãe é algo inexplicável, maior que qualquer outro, somente sendo mãe para ser capaz de mensurar e entender a dimensão desse amor que não cabe no peito. Quem é mãe vai entender o que eu digo... É algo sobrenatural, divino, chega a doer”, explica Karen, que tomou injeções todos os dias da gestação para trazer ao mundo o filho, Samuel.

E com a experiência de quem é mãe, e vive o dia a dia difícil de um Conselho Tutelar, onde tantas “mães” ou enfrentam problemas com filhos ou são os problemas dos filhos, a conselheira tutelar Cassandra Szuberski aprofunda a discussão.

“É mais fácil amar um pet que um filho problemático, adolescentes rebeldes, usuários. Filho feio e remelento não tem pai”, diz sem medo de enfrentar a polêmica.

 

 

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