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09/12/2018 13:30

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Experiência de quase morte encoraja professora a criar blog e lançar livro

Verônica Rivas enfrentou depressão, AVC e parada cardíaca; agora, reflete sobre o ‘sentido da vida’

Professora do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), Verônica Rivas, 40, em maio do ano passado, sentiu que ia morrer logo depois de uma cirurgia na cabeça motivada por um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Por instantes, ela disse ter saído do corpo a viu estática no leito do hospital e ouvido um comentário apavorante da médica que a cuidava: “estamos perdendo nossa melhor paciente”.

Depois desse alarmante episódio, Verônica mudou a vida e, hoje, como meio de “ajudar pessoas que também encararam trajetória parecida a sua”, como diz, produziu um livro: o Caminho da Superação, que deve ser publicado até abril de 2019 pela Editora Novo Século. Ela narra também sua história pelo blog que criou com nome igual à obra que escreveu.

Nascida em Dourados, morou em Corumbá e hoje reside em Campo Grande. A professora Verônica é casada e mãe de Rubens, garotinho de quatro anos que ganhou esse nome por tributo ao notável jornalista Rubens Valente, também escritor, amigo da família.

Formada em Letras, antes de conquistar vaga na IFMS, por meio de concurso público, Verônica cumpriu duras jornadas de trabalho, entre as quais como diarista, vendedora, cerimonialista e deu aulas em escolas distantes da parte central de Corumbá, região do Pantanal sul-mato-grossense. “Em dias chuvosos saia de casa às 16h e retornava por volta das 4h da madrugada”, recorda a professora.

A HISTÓRIA

Verônica disse que vai contar no livro que sua vida tomou um rumo aflitivo de 2012 para cá, período que enfrentou refluxo gastroesofágio, doença digestiva que exigiu cirurgia, transtornos depressivos tidos como profundos, câncer na tireoide e AVC. Entre uma enfermidade e outra, a professora até pensou em se matar.

Ela sustenta que enquanto doente sentiu “um processo de deterioração interior e exterior”, daí cogitou o suicídio.

Num dia só com o filho em casa ela disse ter travado consigo um diálogo imaginário. A professora afirmou que chorava muito e sentia o que chamou de “tristeza profunda”.

De um lado, uma voz a estimulava a tomar uma porção de remédios e que isso seria um meio dela “ir embora desse mundo cruel”.

Seu subconsciente, disse a professora, afrontou a fala e outra voz insistia a ela que pensasse no sofrimento do filho caso fosse em frente com a intenção da morte.

Verônica afirmou ter chorado, grudado no filho que dormia na cama e “nunca mais pensou” no despropósito.

Depois da cirurgia pelo câncer, longo período de recuperação, a professora sofreu o AVC, acidente vascular que a levou para o hospital, em Campo Grande, onde ficou 20 dias, 17 dos quais no setor de tratamento intensivo.

Professora Verônica em sala de aula (foto: arquivo pessoal)

QUASE MORTE

Foi nesse período – maio de 2017 – que a professora conheceu a EQM (Experiência Quase Morte), fenômeno reconhecido pela medicina.

“Assim que sai da sala de cirurgia e fui levada para o quarto de recuperação senti meu corpo gelar, muita dor no peito, no corpo todo. De repente a sensação era a de que eu flutuava, vi meu corpo na cama e a equipe medica ao redor”, recordou a professora.

Segue Verônica: “fora do corpo não sentia mais dores, nada. Notei que estava morrendo. A médica disse que estava perdendo a melhor paciente [no dia da cirurgia da professora outras quatro pessoas tinham operado e, todas respiravam com ajuda de aparelho]”.

A professora soube dias depois que sofrera uma parada cardíaca tão logo ter saído da cirurgia que havia submetido com sucesso. "Depois de pedir muito a Deus para não morrer pelo meu filho pequeno parece que fui sugada pelo meu corpo e recuperar os sentidos", disse a nova escritora.

Verônica ainda hoje é tratada em consultas médicas, procedimento que deve acompanhá-la por tempo indeterminado. Em recuperação, ela passou a escrever sobre as circunstâncias experimentadas e foi aconselhada por amigas e colegas de profissão a escrever o livro.

"O objetivo maior desta obra é ajudar outras pessoas a refletirem sobre o sentido da vida, pois compreendi que a minha história poderá servir de inspiração e exemplo para que elas também transformem suas vidas, evitando passar pelo que passei. Quero que as motive a não desistirem de seus sonhos", afirma a encorajadora Verônica.

 

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