Para 64% dos leitores do TopMídiaNews, rodeios deveriam ser proibidos em Mato Grosso do Sul. O resultado da enquete se dá uma semana após a morte do peão Uéliton Flávio de Oliveira, 24 anos, pisoteado por um touro durante competição de montaria em Paranaíba, a 410 km de Campo Grande.

Os demais participantes, 34%, são a favor deste tipo de prática competitiva, que faz parte do calendário tradicional de festas do Estado, sendo bastante comum também em outras regiões do Brasil. Contudo, acidentes fatais com praticantes e casos de maus-tratos a animais são, há anos, centro de debate sobre a legalidade dessa cultura.

Rodeios

Conforme a Confederação Nacional de Rodeios define, a prática consiste em permanecer por até oito segundos sobre um animal, usualmente um cavalo ou touro. A avaliação é feita por dois árbitros em diferentes modalidades, tais como touro, cutiano, bareback, bulldoging, três tambores, sela americana, laço de bezerro e laço em dupla.

No Brasil, a Lei Federal Nº 10.220/2001 regulamenta a atividade, equiparando o peão de rodeio à atleta profissional, e a Lei Federal Nº 10.519/2002 autoriza os rodeios contanto que haja a presença de um médico veterinário e não haja o uso de esporas pontiagudas, além de outros tópicos.

A Confederação Nacional de Rodeio (CNAR) se defende de ativistas que são contra a prática, afirmando fiscalizar os eventos através de selo que garantiria o cumprimento das leis. No entanto, só existem três rodeios que receberam o Selo Verde em todo o Brasil, o de Indaiatuba, de Bragança Paulista e de Mogi Guaçu.

Em dezenas de cidades, eventos deste tipo já são proibidos, entre elas Rio de Janeiro, São Paulo, João Pessoa, Ribeirão Preto, Guarulhos, Sorocaba, e outras mais.