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Geral

21/01/2018 11:01

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Com mais de 3 mil formados, centro profissionalizante do governo abre portas para o mercado de traba

Cursos auxiliam desde o ingresso de jovens no primeiro emprego ao aprimoramento de profissionais que já atuam no mercado.

Nos últimos três anos, o Centro de Educação Profissional Ezequiel Ferreira Lima (Cepef), custeado e administrado pelo Governo do Estado, formou 3.312 pessoas em nove cursos técnicos que vão de enfermagem a culinária e eletrotécnica. “Com o curso eu consegui entrar em uma alta cozinha, o Cepef é uma porta de entrada para o mercado de trabalho”, conta o chef Thyago Orton Galvão, de 28 anos, que trabalha em um conceituado restaurante de Campo Grande. Antes de se formar no curso técnico de culinária, em agosto do ano passado, ele recebeu o convite do atual trabalho.

“A escola me ajudou duas vezes porque além da profissionalização, o emprego surgiu quando um chef veio ministrar workshop para os alunos, viu minha agilidade na cozinha e fez o convite”, detalha. Apenas 14 dias após a formação, Thyago foi campeão da edição regional do Prêmio Enchefs Mato Grosso do Sul e indicado para a edição nacional.  

O prato que rendeu o primeiro reconhecimento de sua carreira foi elaborado com base na culinária pantaneira: filé de jacaré assado acompanhado de farofa de bocaiuva. “Criei como uma homenagem à escola que abriu os braços para mim. Não teria conseguido esse nível de profissionalização se não fosse o curso. Aqui a gente aprende cozinha regional, nacional e internacional”, detalha.

Orientação profissional

Para a estudante de biomedicina Kamila Cristina Signorelli e Silva, de 19 anos, o Cepef foi decisivo na escolha do ensino superior. “Estava no terceiro ano do ensino médio e na dúvida sobre o que faria de faculdade. Quando entrei no curso de análises clínicas amei, fui em busca de faculdade relacionada e hoje estou no terceiro semestre de Biomedicina”, lembra. “A estrutura aqui é muito boa, quem entra nos laboratórios e vê o que temos disponível fala que é particular”, observa.

Aluna da mesma turma de análises clínicas, Francielle Correa Martins, de 18 anos se forma esse ano e pretende trabalhar na área. Assim como Kamila, ela estava em dúvidas sobre que carreira seguir e encontrou sua vocação. Agora, divide o tempo entre a formação que permitirá entrar qualificada no mercado e os estudos pré-vestibular. “Por causa do curso técnico mudei até minha opção de faculdade e também pretendo fazer biomedicina“, adianta.

Inserção no mercado

Nos casos de Thyago, Kamila e Francielle a indicação surgiu por egressos da própria instituição, todos hoje inseridos no mercado de trabalho. “Muitos alunos concluem o curso e já saem daqui com emprego, a maioria consegue se inserir na área”, conta a diretora do Cepef, Chiara Goes Barbosa, de 40 anos. Chiara ressalta que existe demanda por mão-de-obra qualificada, mas nem sempre há pessoas aptas a preencher as vagas. “Tem o campo de atuação, mas às vezes não tem gente com a formação técnica para trabalhar”, revela.
Para melhorar as chances dos alunos, a escola promove uma série de iniciativas de aproximação com os empregadores. “Oferecemos atividades teóricas e práticas. Alguns cursos têm estágios e promovemos visitas técnicas, palestras, encontros, semana de tecnologia. Existe esse contato com o mercado de trabalho, inclusive com iniciativas dos coordenadores dos cursos. E muitas vezes os próprios empresários pedem indicação”, conta.

Diretor-adjunto do Centro, Alisson Thiers Nunes dos Santos, de 39 anos, completa que a preocupação é em aplicar uma metodologia que crie envolvimento com os alunos, orientando profissionalmente para uma inserção ética e cidadã. A postura é refletida no carinho demonstrado pelos estudantes e egressos.

Alisson destaca também a oportunidade oferecida a quem não teria condições de custear a qualificação. “São cursos extremamente caros na rede privada e aqui o aluno tem a oportunidade de receber o ensino, os uniformes, a merenda, tudo financiado pelo governo”, enfatiza. “Formados, eles têm a possibilidade de inserção no mercado de trabalho com mão-de-obra qualificada e renda melhor”, completa.

Com ampla estrutura contendo quatro laboratórios de saúde, quatro de eletrônica, informática e culinária, o Cepef formou desde 2015 um total de 337 alunos em cursos presenciais e 775 por meio de parceria com a União pela Rede E-Tec Brasil. Outros 2.200 se formaram pelo Programa Pró-funcionário, destinado à formação profissional de funcionários da educação tanto da rede estadual quanto municipal de ensino.

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