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Conta de luz vai permanecer com bandeira vermelha apesar do início das chuvas

Tarifas mais altas também devem ser mantidas durante os primeiros meses de 2018

A bandeira tarifária deve se manter vermelha no mês de dezembro, mesmo com o início do período úmido, estimam especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast. Os profissionais não arriscam, porém, se o adicional na tarifa ficará em R$ 3,00 a cada 100 kWh (patamar 1) ou de R$ 5,00 (patamar 2).

“Com a nova regra (adotada a partir de novembro), as bandeiras passam a ter grande dependência do risco hidrológico (GSF). Dependendo do índice considerado na decisão do órgão regulador, podemos chegar mesmo a manter a bandeira vermelha patamar 2”, diz o diretor da Electra Energy Leonardo Salvi. A Electra trabalha com um risco hidrológico entre 25% e 30%.

Mais assertivo, o superintendente de Gestão de Clientes do grupo Delta Energia, Reinaldo Ribas, acredita que a bandeira permanecerá, sim, em bandeira vermelha patamar 2, tendo em vista justamente a queda do armazenamento em alguns importantes reservatórios, além do esperado déficit hidrológico.

"A hidrologia da Bacia do Rio Grande em novembro foi a pior da história desde 1931, já na Bacia do Parnaíba a hidrologia deste mês foi a segunda pior da história. Os reservatórios recuaram e o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) tem menos água para operar, com isso, o GSF acaba sendo grande", disse, sem indicar um número preciso, mas também estimando um valor superior a 25%.

Até o mês passado, o método de cálculo das bandeiras considerava apenas o preço da energia no curto prazo. Mas a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs, no fim de outubro, uma alteração na metodologia, de maneira a levar em conta o risco hidrológico. A justificativa é que o sistema da maneira como vinha operando era muito influenciado pelas chuvas, ainda que pontuais, registradas no final de cada mês, provocando uma maior volatilidade da bandeira mesmo que não houvesse qualquer sinal claro de recuperação dos reservatórios das hidrelétricas.

Segundo a Electra, sem a mudança, as chuvas das últimas semanas poderiam ter tido justamente esse efeito: pela metodologia anterior, a bandeira ficaria amarela em dezembro (adicional de R$ 1,00 a cada 100 kWh consumidos) por causa do início do período úmido e do fato de o nível de precipitações verificado nas últimas semanas estar dentro da média para o período.

A Aneel define a bandeira tarifária de dezembro nesta sexta-feira, 24.

Projeção:

Ribas avalia que a bandeira vermelha pode ser mantida pelos primeiros meses de 2018, mesmo considerando que o período é de chuva mais intensa e quando historicamente há recomposição dos reservatórios. "Não adianta chover, precisa ver o quanto é esperado e quanto é verificado", comentou.
Diante do baixo nível dos reservatórios atualmente registrados e da sinalização de precipitações vislumbradas até agora, ele não descarta a possibilidade de a conta de luz ficar ao longo de ano que vem inteiro com uma taxa adicional, ou seja, com bandeira tarifária amarela ou vermelha.

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