A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner teve decretada prisão preventiva nesta segunda-feira (17). Hoje (18) ela deve prestar esclarecimentos ao juiz Sebastián Casanello, nos tribunais de Comodoro, em Buenos Aires. Cristina é acusada receber propina de empresários do setor de construção civil por obras públicas realizadas, durante os mandatos dela e do marido, Néstor Kirchner, já falecido. Além de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Kirchner é acusada no mesmo processo, apelidado de Cadernos de Corrupção, também de comandar o esquema de pagamentos de propina e desvio de verbas públicas. Atualmente a ex-presidente argentina é senadora e detém foro privilegiado, não podendo ser detida, a menos que dois terços do Senado aprovem a perda de imunidade.
Fontes ligadas ao processo judicial disseram que o juiz responsável pelo caso, Claudio Bonadio, pediu a prisão da ex-presidente, e outras 41 pessoas entre elas, ex-integrantes do governo e empresários suspeitos de integrar a organização criminosa.
Diversos empresários e ex-funcionários do governo acusados optaram por acordos de delação premiada, reconheceram a existência das propinas e o envolvimento do casal Kirchner em esquemas escusos desde que o escândalo de corrupção veio à tona, no começo de agosto.