A oferta parece tentadora até demais. Por R$ 200 você leva R$ 1500 ou por R$ 500 você leva R$ 6 mil. Isso mesmo. Seria uma ótima oferta se não fosse o fato das notas serem fakes, como o vendedor que usa o nome de Junior Lorenza anuncia. Segundo ele, as notas “já vão preparada só no ponto de repassar. São ásperas, tem marca d’água, fita holográfica. Passa no teste da caneta”, afirma sobre a caneta usadas por comerciantes para testar notas falsas.

E apesar de ser crime muita gente se arrisca. Na postagem, já apagada do grupo do Facebook, há quem pergunte de onde o vendedor é. Oriundo de São Paulo, ele usa nome e fotos falsas, e em sua página, muitos elogiam a “qualidade” da nota. Porém, outros alertam para o perigo. "Isso é crime" ou "Liga para mim, meu número é 190". 

Apesar dos perigos, a prática é muito comum e segundo os números divulgados pelo BCB  (Banco Central do Brasil), Mato Grosso do Sul ocupa o 16º lugar no ranking das capitais brasileiras em moedas falsas apreendidas. 

E a prática de falsificação, compra e venda também não se restringe apenas as redes sociais. De acordo com a Polícia Federal a facilidade de acesso à fronteira com o Paraguai faz com que muitas pessoas se arrisquem trazendo a moeda falsa do país vizinho onde existem até gráficas especializadas em falsificação.

PRF apreendeu R$ 10 mil em Ponta Porã

E as ações policiais mostram a realidade, já que na quarta-feira (22), a Polícia Rodoviária Federal apreendeu aproximadamente R$ 10 mil (dez mil reais) em cédulas falsas, durante abordagem na unidade operacional de Ponta Porã, na BR 463 durante fiscalização de policiais rodoviários federais a um coletivo.
 
Segundo as informações policiais, foram encontradas 198 (cento e noventa e oito) cédulas de R$ 50 (cinquenta reais) com indícios de inautenticidade,  que seriam de um passageiro da cidade de Aracaju (SE). As notas estavam escondidas no encosto de cabeça do banco do coletivo. O homem foi preso e encaminhado à Polícia Federal local.