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Dono de churrascaria defende funcionário acusado de homofobia e diz que jovem começou confusão

Segundo ele, tudo se deu por reclamação sobre preço da cerveja

15 agosto 2017 - 19h00Por Liziane Berrocal
Dono de churrascaria defende funcionário acusado de homofobia e diz que jovem começou confusão

Diego Xavier, dono da Churrascaria Xavier, no Centro de Campo Grande, usou as redes sociais  para defender seu funcionário Vanildo de agressão contra a estudante Larissa Alves Martins. Segundo ele, a resposta só foi dada dias após o ocorrido porque estava esperando orientação de seu advogado. 

Diego acusou a mulher de “reclamar do valor da cerveja” e disse que Vanildo o tempo todo teria agido com educação. Ele acusa a jovem de ter iniciado a confusão. Apesar de dizer que não viu o desentendimento ser iniciado, pois estaria no estoque do local, garantiu que quem começou a confusão foi Larissa. 

Leia o esclarecimento do empresário na íntegra: 


O fato que realmente aconteceu neste sábado no meu estabelecimento Churrascaria Xavier, foi que a referida, que iniciou toda essa discussão, já chegou ao estabelecimento por volta das 16 hr com sua acompanhante e sua bebida já comprada em outro local. Onde posteriormente recebeu um convite de um cliente meu e frequentador da churrascaria a sentar-se com ele em sua mesa, em seguida chegaram mais amigos desse já cliente onde continuaram a beber até por volta das 18 hr, e os mesmos que estavam pagando todo consumo da referida e sua acompanhante que aguardava sua mãe sair do salão de beleza ao lado. 


Após a conta ser fechada, as mesmas decidiram continuar bebendo, que neste momento questionou ao funcionário Vanildo o preço da cerveja lata. Ele SIM RESPONDEU: $3,00 fininha, $4,00 lata de 350 ml e $5,00 o latão. No qual ela achou um absurdo os preços. 


Ela então respondeu: "Porra que cerveja cara", e continuou a questionar o funcionário do porque desse preço. Ele então respondeu novamente: "eu sou apenas funcionário, não coloco preços, por favor me deixa trabalhar".
Ela em tom de voz completamente alterada cada vez mais, continuou questionando o valor da cerveja atras do funcionário enquanto sua namorada encontrava-se no banheiro. Neste momento, Vanildo virou-se e foi atender outro cliente fora do salão, nisso ela foi questionar seu filho que estava sentando próximo ao caixa dentro do salão. Ela novamente questiona: "moço, qual preço da cerveja?" O adolescente de 16 anos respondeu a ela: "moça e o meu pai quem trabalha aqui, eu não sei".

Ela se exalta ainda mais, e faz com que o Vanildo retorne para dentro do salão para pedir a ela que se retirasse do estabelecimento, pois a gritaria da mesma já havia passado dos limites, causando transtornos aos outros clientes frequentadores, e já existia pessoas aglomeradas na frente do local, e onde a mesma disse "não vou sair" e começou uma discussão maior com meu funcionário, e nesta hora eu cheguei, pois estava no estoque realizando conferência, e a vi partindo pra cima dele dizendo que ele havia a empurrado, e neste momento ela cospe em seu rosto.

Por sorte, estava perto e sua namorada retornando do banheiro conseguiu contê-la, onde também nesta hora adentrou ao local sua mãe ajudando a retirar sua filha totalmente descontrolada. Posteriormente ela já fora do salão, ainda continua a xingar o funcionário que o encaminhei apenas para o estoque do restaurante para evitar maiores transtornos e ela se retirar totalmente do meu estabelecimento. Sua mãe e acompanhante pediram por diversas vezes a ela para parar com essa baderna pois já estava vergonhoso e ir embora, mas ela insistia em pegar o celular que estava com sua acompanhante para chamar a polícia que de prontidão não demorou a chegar. Total era seu descontrole que os policiais nem quiseram colher meu depoimento, orientando a mesma apenas a se dirigir a Depac para registrar o boletim de ocorrência.

O policial questionou também se alguém viu ela sendo empurrada, a mesma disse "não". Após essas orientações ela veio até mim, onde eu mesmo passei as informações que ela necessitava para esse registro de BO, o nome do meu estabelecimento, meu nome pessoal e de meu funcionário.

Triste fato que ocorreu, tendo uma repercussão negativa do meu estabelecimento, tendo um registo de homofobia, onde nunca se tratou disso, apenas total descontrole da mesma talvez por estar bem alterada devido ao consumo de álcool desde as 16 h que ela estava no local. 

Quero deixar registrado que trabalho com pessoas, independente de sua orientação sexual, religião, credo, cor de pele. Tenho clientes LGBT que atendo diariamente no almoço e janta, não tenho problema algum com sua orientação sexual, que sim com clientes alterados em minha churrascaria que foi o caso relatado. 

Caso todos que tenham questionado a minha atitude queria vir tomar uma cerveja no local como foram combinado, por favor venham mesmo, será um prazer atende-los! Cabe agora apenas a justiça decidir, pois existem muitas testemunhas que viram o fato da mesma estar completamente fora de si e julgar qual versão tem mais sentido”. 


Apesar de amigos do empresário terem entrado em contato com a reportagem para garantirem que havia câmeras no local, as imagens não foram divulgadas.