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PF desarticula esquema de hackers responsável por fraudes bancárias na internet

Polícia estima que grupo criminoso tenha causado, nos últimos nove meses, prejuízo de cerca de R$ 10 milhões

21 março 2018 - 13h04Por Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (21), a Operação Código Reverso, com o objetivo de desarticular um esquema especializado em fraudes bancárias pela internet. As investigações abrangem os estados do Tocantins, de São Paulo, Goiás e Pernambuco. A estimativa é de que, ao burlarem mecanismos de seguranças dos bancos, o grupo criminoso tenha causado, nos últimos nove meses, prejuízo de cerca de R$ 10 milhões.

Por meio de nota, a PF informou que o grupo é constituído de hackers suspeitos de ter conexões até com criminosos cibernéticos do Leste Europeu. Por meio de programas maliciosos, os hackers (pessoas que têm grande conhecimento de informática) acessavam remotamente os computadores das vítimas, com o propósito de fazer transações bancárias eletrônicas fraudulentas como pagamentos, transferências e compras via internet.

Mais de 100 policiais federais estão cumprindo 43 mandados judiciais expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal em Palmas, capital do Tocantins. Há sete mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária, 11 de intimação e 24 de busca e apreensão. Além disso, foi determinada a indisponibilidade de bens móveis e imóveis de investigados, bem como o bloqueio de contas bancárias, inclusive de moedas virtuais como a bitcoin.

A PF informou que os integrantes da organização têm “alto padrão de vida” e fazem uso de empresas de fachada “para movimentar e ocultar os valores obtidos por meio das atividades criminosas”. Entre os suspeitos de participação na fraude que estão sendo intimados a prestar esclarecimentos, há empresários que procuravam os criminosos “com a finalidade de obter vantagem competitiva no mercado e prejudicar a livre concorrência”.

De acordo com a PF, esses empresários teriam recebido descontos de cerca de 50% para quitar seus impostos, pagar contas e realizar compras por meio de pagamentos feitos pelos criminosos.

Além de responder pelos crimes de associação criminosa, falsificação de documento público e uso de documento falso, os integrantes do grupo serão acusados de lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem chegar a mais de 30 anos de prisão.