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Polícia invade velório para tentar desbloquear celular de suspeito

Invasão de velório não é exclusividade de Campo Grande

23 abril 2018 - 16h45Por Liziane Berrocal
Polícia invade velório para tentar desbloquear celular de suspeito

Invadir velório não é exclusividade de Campo Grande, quando uma cliente invadiu o velório do marido da doceira que não entregou os doces, lembra? Nos Estados Unidos, a polícia do estado da Flórida, nos Estados Unidos, invadiu um velório para pegar as digitais do morto. Isso mesmo que você leu!

E a atitude dos dois agentes tem sido alvo de críticas por conta da operação polêmica, já que os policiais invadiram o velório de um suspeito para tentar desbloquear seu celular usando a digital do indivíduo morto.

De acordo com o jornal local Tampa Bay Times, o caso aconteceu neste final de semana quando dois policiais apareceram na funerária onde o velório de Linus Phillip seria realizado. Ele foi morto por outro policial em março numa ação igualmente controversa.

Phillip foi abordado por agentes enquanto enchia o tanque do seu carro num posto de gasolina, supostamente por estar usando uma película ilegal nas janelas. Em seguida, um policial disse que sentiu "cheiro de maconha" e que Phillip tentou fugir.

Um agente disse que ficou com o braço preso no carro enquanto o suspeito tentava fugir e acabou atirando em legítima defesa. Nesta semana, outros dois policiais foram até o velório de Phillip para tentar desbloquear seu celular usando suas impressões digitais. A ação não deu certo.

De acordo com o que foi apurado pelo jornal local, o modelo do celular não foi identificado, mas, como explica o Gizmodo, se for um iPhone, somente a impressão digital não será suficiente para desbloqueá-lo se o celular estiver a mais de 48 horas travado, como parece ser o caso.

De acordo com a polícia, eles queriam acesso ao celular de Phillip para "ajudar na investigação" sobre a sua morte, e também num outro inquérito relacionado a tráfico de drogas no qual ele também seria suspeito de envolvimento. A sua viúva, Victoria Armstrong, disse que a família se sentiu "desrespeitada e violada".

Embora autoridades precisem de um mandado judicial para vasculhar o celular de uma pessoa, segundo a legislação dos EUA, isso não se aplica a smartphones bloqueados com impressão digital. Isso porque a coleta de impressões digitais ou amostra de DNA não exige mandado judicial.

Além disso, não há nada na lei do estado da Flórida que proteja pessoas mortas de investigações como essa. Esta sequer é a primeira vez que policiais norte-americanos tentam usar os dedos de uma pessoa morta para desbloquear um celular numa investigação.