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29/04/2018 16:21

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Vítima relata ameaças antes de ataque ao acampamento pró-Lula, em Curitiba

Quando os vigilantes dispararam fogos de artifício para afugentar os agressores, um deles teria voltado e dito: ‘vou voltar aqui e vou te matar'

A advogava Marcia Koakoski, 42 anos, ferida por estilhaços dos tiros disparados na madrugada de sábado (28) contra o acampamento de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Siva, em Curitiba, relatou ao site do PT os momentos de tensão. “Acordei à uma e meia da manhã, com uma frenada brusca de carro. Ouvi gritos de ‘Bolsonaro presidente’, e xingamentos aos vigilantes que estavam ali, nos guardando”.

Quando os vigilantes dispararam fogos de artifício para afugentar os agressores, um deles teria voltado e dito: ‘vou voltar aqui e vou te matar', segundo Marcia.

“Sentimos o tempo todo, todas as noites, que existia essa tensão, mas as pessoas acabaram relaxando porque toda noite passava alguém gritando palavras de ordem fascistas, sobre Bolsonaro. Acontecia, mas não passava disso”, prosseguiu.

Logo depois de um breve período de normalidade, a tensão recomeçou: “A gente achou que eles tinham ido embora mas, logo depois, começou uma gritaria, com barulhos de fogos e tiros. Eu estava num banheiro químico nessa hora e ouvi as pessoas gritando: ‘tem baleado, tem baleado. E foi nesse momento que ouvi um estouro e um impacto em meu ombro.” Márcia conta que não viu sangue em seu corpo e, por isso, não se preocupou.

Mais tarde, ela voltou ao banheiro químico para verificar se alguma parte da estrutura do acampamento havia sido danificada, quando constatou um buraco no ‘casco’ do banheiro, que indicava que um projétil havia passado por ali. Márcia olhou ao redor e achou a bala, que estourou na saboneteira e atingiu seu ombro. O projétil foi achado no assoalho. “Por pouco, por centímetros mesmo, não fui atingida pela bala. Podia estar internada, ou até em uma situação pior, agora”, disse.

Márcia se queixou da falta de segurança no local: “O que me impressiona é que numa situação dessas, onde existe uma zona de conflito, deveria haver ao menos uma guarnição, de polícia, para que seja garantida a segurança e a ordem dos dois lados”. Ela exemplificou com casos como casa noturnas, onde há o risco de confusões, em manifestações de estradas, etc. “Não se pode deixar acontecer um desastre. Tem que ter um efetivo da polícia para evitar”, conclui.

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