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Interior

12/12/2017 12:44

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Após mais de cinco décadas, lixão a céu aberto deverá deixar de existir em Nova Andradina

Aterro sanitário começou a ser construído e deverá operar até meados de junho do ano que vem

Um problema emergencial que já dura mais de cinco décadas deverá deixar de existir em Nova Andradina. Trata-se do lixão a céu aberto que traz à tona um risco à saúde pública do município que em breve passará a dar uma destinação correta à grande quantidade de lixo produzida diariamente pela população.

Acompanhando o prefeito José Gilberto Garcia e o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Integrado, Hernandes Ortiz, a reportagem do Nova News esteve, na manhã desta terça-feira (12), na visita realizada no local que já passou a abrigar as obras do aterro sanitário do município. A construção, pelo apurado, começou no último sábado (09) e deverá ser concluída em cerca de 90 dias para operar até meados de junho de 2018.

Ao lado do lixão, que fica localizado às margens da MS-473, o aterro sanitário, conforme explicou Ortiz, irá dar fim ao grave problema de Nova Andradina que ainda não tem tratamento de lixo. Por dia, segundo ele, o município produz uma média de 27 toneladas de lixo que são depositados de forma incorreta no local.

Em sessão ordinária da Câmara de Vereadores na noite dessa segunda-feira (11), o secretário também se fez presente para explicar o teor do projeto. Mesmo sem estar na pauta de votação, dezenas de pessoas compareceram ao plenário para pedir explicações referentes à proposta que foi objeto de críticas nos últimos dias.

Assim como detalhou à reportagem, Ortiz usou a tribuna para dar ênfase ao projeto que se faz necessário nos dias de hoje no município. “Não apenas por ser uma exigência nacional, os lixões a céu aberto não podem mais existir. Com a construção do aterro, o lixo gerado em Nova Andradina será devidamente separado e terá sua destinação correta. O que é matéria orgânica será feito compostagem a fim de ser transformado em adubo, e os materiais recicláveis serão reaproveitados”, pontuou o secretário.

Em relação à taxa que será cobrada da população, o secretário expôs que o valor médio gira em torno de R$ 10. “A cobrança depende de imóvel para imóvel. Há casos que o munícipe pagará apenas R$ 2. Apenas estabelecimentos de grande porte que produzem mais lixo ou mesmo residências de maior complexidade, podem pagar uma taxa que pode chegar a R$ 40”, disse Ortiz.

o prefeito Gilberto Garcia ressaltou que estava mais do que na hora do município tomar medidas para dar fim ao problema. “Coube a nós resolver a situação do lixão que existe desde sempre em Nova Andradina. Há dois meses atrás, estive participando de uma audiência no TCE (Tribunal de Contas do Estado) para debater a solução do problema que passará a ser obrigatória em todos os municípios. Mesmo sendo uma exigência, existe uma preocupação do Executivo em acabar com esse cenário que pode ser visto aqui nesse lixão a céu aberto. Só quem vê de perto, entende a gravidade do problema”, destacou o prefeito.

Classificado como um grave problema de saúde pública, Garcia enfatiza a necessidade da construção do aterro devido ao grande número de reclamações de até mesmo quem mora no perímetro urbano da cidade e vive com o drama do ataque de moscas em suas residências. “Quem mora nas proximidades do lixão são os que mais sofrem. Não dá mais para viver no retrocesso, Nova Andradina é uma cidade evoluída que precisa apostar em mais saúde de melhor qualidade de vida. Municípios já desenvolvidos fazem o tratamento de lixo e não podemos parar no tempo. Tal problema, do meu ponto de vista, trata-se de uma ferida exposta que até hoje ninguém teve coragem de curá-la”, afirmou.

Sobre a cobrança da taxa, o prefeito explicou que o município não tem financiamento próprio para o funcionamento do aterro. “O IPTU que já é cobrado dos munícipes não alcança o recurso que é necessário para o tratamento de lixo. Deste modo, o TCE recomendou que fosse criada tal taxa a fim do serviço passar existir. Com contrapartida do município, corremos atrás e conseguimos recursos junto à Funasa (Fundação Nacional de Saúde) para realizarmos a obra do aterro. Resta agora a população entender a importância de tal projeto para Nova Andradina”, colocou Garcia. Segundo ele, a obra é estimada em R$ 608 mil.

Ministério Público de Nova Andradina cobra medidas do Executivo

Em entrevista recente ao Nova News, o promotor Alexandre Rosa Luz, do MPE (Ministério Público Estadual) de Nova Andradina, informou que existe uma ação judicial contra o município cobrando a recuperação da área onde o lixão funciona, além ainda de tratativas na esfera administrativa para a realização do devido tratamento do lixo no local.

“Há tempo o MPE vem cobrando medidas do Executivo para dar a destinação adequada dos resíduos sólidos do município. Além dos impactos ambientais que o problema pode gerar, como a contaminação do lençol freático, o despejo de lixo a céu aberto é uma questão de saúde pública. Em épocas mais secas do ano, os focos de queimadas no local são uma preocupação, bem como ainda a infestação de mosquitos como o transmissor da dengue. Por tal motivo, o município precisa adotar medidas emergenciais para dar fim ao problema”, salientou o promotor ao falar que a correta destinação de lixo também traz geração de emprego e renda para o município.

Votação do projeto deverá acontecer na próxima segunda-feira (18)

O projeto de lei complementar que institui taxa de coleta, tratamento e disposição de resíduos sólidos domiciliares em Nova Andradina deverá ser votado na sessão ordinária da Câmara Municipal na próxima segunda-feira (18).

Conforme divulgado pelo Nova News, o projeto ainda está em análise nas comissões permanentes da Casa e depende ainda também de pareceres jurídicos para a sua votação e não tinha condições de ser votado na sessão dessa segunda-feira (11).

Devido à importância do projeto, o prefeito Gilberto Garcia afirmou à reportagem que se diz confiante a fim de conseguir os 7 votos favoráveis que precisa para a aprovação da proposta.

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