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Interior

11/09/2016 12:25

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Com 'jogo de empurra’ e condições precárias, Aeroporto de Bonito corre risco de fechar

Prefeitura propôs reparo emergencial para evitar a paralisação de vôos no principal destino turístico de MS

Porta de entrada de cerca de 30% de turistas em Bonito, a 298 km de Campo Grande, o Aeroporto Regional da cidade corre o risco de paralisar as atividades, caso não seja providenciado, em breve, o reparo da pista de pousos e decolagens de aeronaves. Isso porque a Anac (Agência Nacional de Aviação), após visita no local, avaliou que a condição das mesmas é irregular e poderia causar riscos aos profissionais de companhias aéreas e passageiros.

O problema não é recente e há anos falta manutenção da estrutura do aeroporto, que foi construído em parceria entre governos Estadual e Federal e inaugurado em 2004, com a presença do então presidente Lula (PT), durante a gestão do ex-governador e agora deputado federal, Zeca do PT. A pista de pouso tem dois quilômetros de extensão por 30 metros de largura, comportando pouso e decolagem de aeronaves de grande porte. Foram investidos R$ 8.969.469,11, sendo R$ 5,6 milhões da União e R$ 3,2 milhões do Estado.

O local é administrado, desde 2006, pela concessionária pernambucana Dix Empreendimentos Ltda., que é a detentora, junto à Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), dos direitos para explorar, administrar, operacionalizar e manter o receptivo por 13 anos. A empresa também é responsável pela administração do aeroporto Governdor Carlos Wilson Campos, no arquipélago de Fernando de Noronha (PE).

A empresa foi responsável por construir terminal de passageiros, seção contra incêndios e instalar serviço fixo aeronáutico, como sala de tráfego, seção meteorológica, rádio, comunicação e aproximação. Tudo isso, em uma área de 205 hectares e 7,4 mil metros quadrados, que também teria de ser conservada.

Para o prefeito de Bonito, Leonel Lemos de Souza Brito, Leleco (PT do B), o que impede a melhora das condições do local é o ‘empurra-empurra’ de responsabilidades. Segundo ele, a empresa alega não poder fazer os reparos – que custariam aproximadamente R$ 3 milhões – pois estaria levando prejuízo, sem receber repasses do Governo do Estado, que por sua vez alega não poder fazer intervenção qualquer, já que este é um dever da empresa licitada.

Conforme o prefeito, em 2014, a empresa entrou com ação contra Governo, pedindo realinhamento do contrato e aumento da verba repassada, mas perdeu a causa. O Estado também teria sugerido um acordo, já que a perspectiva de arrecadação da época não permitia aditivos aos repasses, mas a Dix também não aceitou.

Leleco afirma que, ainda que haja incertezas sobre quando e como a pista deva ser consertada, isso não deve resultar no fechamento do aeroporto, que recebe cerca de três mil passageiros ao mês. “Acredito que não vá chegar a esse ponto, nós não vamos deixar fechar. Se o Governo do Estado não conseguir uma solução, vamos assumir essa responsabilidade. Eu estou achando que empresa só está tentando receber mais dinheiro”, declarou.

Devido à preocupação de que toda uma rede de setores que dependem do turismo ser prejudicada, o que instaurou um clima de apreensão entre quem depende do fluxo de pessoas na cidade, o prefeito relata que já chegou a conversar com o secretário estadual de infraestrutura, Ednei Marcelo Miglioli, propondo um reparo emergencial. “Já conversei com secretário Migliogli. Disse a ele que o município quer reparo esse de emergência, não podemos aceitar o fechamento. A partir de novembro serão três voos por semana, além dos particulares. O reparo, quando for fazer, vai precisar interditar, mas é por um período curto”, disse.

A reportagem do TopMídiaNews tentou entrar em contato com o secretário, mas não obteve resposta até o fechamento da reportagem. 

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