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Área em disputa

12/08/2017 13:30

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Fazendeiros denunciam indígenas por queimadas e reclamam da omissão de autoridades

Incêndios e depredações ocorrem em áreas invadidas pelos índios da aldeia Taunay Ipeguê

Produtores rurais que tiveram suas propriedades invadidas por indígenas, ainda em 2013,  denunciam que as áreas em disputa judicial, ao lado da Aldeia Taunay Ipegue, estão abandonadas e são sistematicamente incendiadas na região de Aquidauana. A queimada, segundo eles, é crime ambiental, no entanto vem sendo ignoradas pelo poder público.

A proprietária da Fazenda Esperança, Mônica Alves Correa,  vê um contrasenso entre o discurso de quem patrocina invasões de terras por povos indígenas e a realidade do abandono e queimadas que ocorrem na região. ''Povos indígenas, guardiões da natureza, filhos originários da mãe terra?'', questiona.

Correia diz que essas áreas viraram 'terra sem lei' e novamente cobra uma solução para o caso: ''São quatro anos de desespero. Até quando?''. Monica entende que a ato de colocar fogo seja um costume dos indígenas, mas não deixa de ser crime ambiental.

''Aquilo lá não é só deles, é de toda a comunidade. Tiraram a gente de lá com a desculpa que iriam produzir, mas está tudo depredado e tem fogo todos os anos'', relatou a produtora.

(Foto de fazenda queimada foi anexada à denúncia no Ministério Público - Foto: Repórter Top)

Monica alerta para a questão da segurança dos vizinhos. ''Nós fazíamos aceiros para evitar que o fogo passasse para o lado vizinho. Tínhamos cuidado. Esses tempos o fogo passou para o lado de uma fazenda que mexe com turismo...está uma situação absurda'', revela Correa. ''Uma cerca não segura o fogo'', acrescenta.

O grupo de produtores, ao todo, donos de 17 fazendas, conta que já confeccionou diversos boletins de ocorrência e também acionou o Ministério Público Estadual. A reserva Taunay Ipegue, diz Mônica, inicialmente demarcada na época de Marechal Rondon, com 6.400 hectares, agora pode ser ampliada para 33 mil hectares.  

Segundo o coronel Queiroz, da Polícia Militar Ambiental, nenhuma solicitação chegou até a unidade que fica na região de Aquidauana. O militar diz que é uma situação bastante complexa, que precisa ser investigada pela Polícia Civil.

''Primeiro é preciso saber se o incêndio realmente foi promovido por indígenas. E se for em área agropastoril, não configura crime e sim infração. Nesse caso é complicado, como aplicar multa em um indígena que não tem CPF?'', explicou Queiroz.

No entanto, o comandante da PMA pediu dados de produtores e prometeu acionar policiais daquela região para atuar no caso.

Correia lamenta ainda a omissão das autoridades. ''Alguém tem que barrar isso. Aquilo está sendo destruído. Já pensou eu ganhar um bolsa de presente e depois cortar essa bolsa, rasgar, não dá para entender uma coisa dessas'', desabafa.

Conforme o analista ambiental, Alexandre Pereira, que faz parte do Prev fogo do Ibama, o órgão possui uma brigada indígena contra incêndio em terras indígenas, e que o trabalho dos nativos é exatamente o contrário, evitar incêndios. Pereira diz que o órgão foi acionado para atuar em incêndios na região de Aquidauana, mas não sabe dizer a localidade específica.

A Funai, informou pela assessoria de imprensa, que, oficialmente, não tem registro de ocorrências desse tipo. Um membro da equipe diz que vai visitar a área entre os dias 12 e 14 e que posteriormente dará informações.

O Ministério Público Estadual não retornou o contato. Já o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), apenas informou o contato do Ibama.

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