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Interior

16/01/2017 17:00

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OAB/MS repudia caso de tortura e homofobia e vai acompanhar investigação da polícia

Crime gerou indignação nas redes sociais e motivou protestos

A subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Três Lagoas informou, nessa segunda-feira (16), que repudia o espancamento, provavelmente por motivos homofóbicos, do cabeleireiro Caio Lopes, 27, ocorrido na madrugada do último dia 10, na Praça Ramez Tebet.

''A OAB é contra esse tipo de situação, aliás, qualquer cidadão que é íntegro é contra esse tipo de situação'', apontou o presidente da subseção da ordem na cidade, Antônio Costa Corcioli. Ele disse que acabou de retornar de viagem, e que ainda nesta segunda vai designar o acompanhamento do caso para duas comissões  da casa, entre elas a de Direitos Humanos.

''Precisamos ver o que foi feito até agora pela Polícia Civil e se já chegaram a alguma autoria'', complementou o presidente.

Segundo Corcioli, em sua gestão este é o primeiro caso de violência grave motivada por orientação sexual na cidade. ''Temos que tomar conhecimento e providências. Acompanhamos qualquer tipo de violência, seja contra um cidadão que esteja cumprindo pena em um presídio, mas também contra quem está aqui fora'', explicou.

Ainda segundo o advogado, até o momento nenhuma entidade de defesa dos direitos LGBT's procurou a entidade. Porém, nas redes sociais o público também repudiou os atos de violência contra o cabeleireiro. No Facebook, uma publicação da internauta Paulinha Ribeiro Bruno teve bastante repercussão na rede, onde ela associa o crime ao sentimento de homofobia. ''Esta tentativa de homicídio é mais uma no Brasil podre e que segue em grande poder de ÓDIO. Cadê as autoridades?????’’, diz um trecho do texto. Outra participante da rede social questionou: ''porque fazer isto? todos foram feitos por Deus. Se fosse um filho deles, será como eles agiriam?''. 

O crime

Caio Lopes,27, estava na Praça Ramez Tebet em Três Lagoas, junto de amigos, por volta das 3h30. Ele foi a última pessoa do grupo a deixar o local  porque foi ao banheiro. Nesse momento ele foi abordado por dois homens, sendo que um deles lhe pediu um isqueiro. Caio usou o banheiro e no retorno pediu o objeto de volta pois iria embora, quando os dois suspeitos passaram a agredi-lo.

A vítima relata um dos agressores disse a seguinte frase: "hoje você se ferrou, porque a gente veio aqui para matar "veado", a moto vamos levar de brinde". Caio foi atingido por diversos chutes e socos. Não satisfeitos, a dupla passou a usar outros objetos para agredir a vítima, como o capacete, paus e pedras. 

Caio pensou inicialmente que tratava-se de um assalto, chegou a oferecer a carteira e a chave da motocicleta, mas só depois percebeu que a dupla passou a agredi-lo por conta da sua orientação sexual. Durante a sessão de espancamento, a vítima afirmou que achou que iria morrer, mas que só livrou porque parou de revidar às agressões e fingiu-se de morto.

O cabeleireiro conta que ouviu os agressores dizendo, 'já morreu essa bicha, não vai fazer falta no mundo'. Os homens o pegaram e jogaram em uma vala localizada na Avenida Rosário Congro, próximo à Praça que estava. Após as agressões a dupla foi embora com a motocicleta da vítima.

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