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Sem receber tratamento mesmo com ordem judicial, menino corre risco de morrer em MS

Justiça mandou poder público atender Luis Henrique em casa

25 maio 2017 - 17h30Por Liziane Berrocal
Sem receber tratamento mesmo com ordem judicial, menino corre risco de morrer em MS

Aos 10 anos o pequeno Luis Henrique da Silva Santos é um guerreiro. Com paralisia cerebral ,o menino tem Síndrome de West, que é a epilepsia de difícil controle, luta para sobreviver. Ele ainda tem uma encefalopatia crônica que o faz necessitar de cuidados constantes e de tratamentos que quase transformam seu quarto em um quarto de hospital.

Agora, o garoto corre riscos, já que mesmo após conquistar na Justiça o direito de receber tratamento home care em casa, nem o Governo do Estado nem a Prefeitura de Dois Irmãos do Buriti cumprem o que foi determinação judicial. A decisão saiu no final do ano passado, porém, até o momento não foi cumprida integralmente, colocando a vida do menino em risco.

Segundo o laudo médico, o garotinho necessita da continuação dos atendimentos de Terapia Ocupacional em regime domiciliar com o objetivo de desenvolver a estimulação neuropsicomotora, visual, auditiva, postural e sensorial, além de adaptações quando se fizerem necessário.

“Ele precisa de terapia ocupacional todos os dias e a justiça determinou, mas não é o que acontece e meu filho fica sofrendo. O meu medo é ele ficar muito mal e eu ter que sair correndo com ele para Campo Grande”, conta a mãe Ana Paula.

Segundo ela, foram divididos as obrigações e agora, é preciso que sejam mantidos os profissionais de fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional em sessões na casa da família. “A justiça determinou a fisioterapia duas vezes por dia e fonoaudiologia todos os dias de segunda a sexta, como ele usa esse respirador ele tem que ter fisioterapia  duas vezes por dia de segunda a segunda e isso está na ordem judicial”, indigna-se.

Mas a mãe não desiste, e continua em busca de atendimento. “Vou na secretaria de saúde, me jogam de um lado para o outro e até mesmo no fórum eu preciso esperar, só que meu filho não pode esperar é uma vida”, alerta.

A reportagem tentou contato com a Prefeitura Municipal de Dois Irmãos do Buriti e não foi atendida. A assessoria de imprensa do Governo do Estado não respondeu aos questionamentos sobre o caso.