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Na Lata Análise: Semed mantém professora preconceituosa e joga no lixo medidas contra bullying

Na teoria, tudo em céu de brigadeiro. Na prática, a história é outra

21 junho 2017 - 13h49Por Vinícius Squinelo

“Quanto aos projetos desenvolvidos contra bullying, a Semed tem um setor específico para tratar do tema, que é a Divisão de Educação e Diversidade. Cabe a essa divisão, realizar as capacitações aos professores, oferecendo oficinas e palestras e dando suporte para que eles desenvolvam projetos pedagógicos de combate ao bullying”. 

O aspas acima é a posição oficial da Secretaria de Educação de Campo Grande, quando questionada sobre o desenvolvimento de ações contra o bullying escolar na cidade. Na teoria, tudo em céu de brigadeiro. Na prática, a história é outra.

Ao não tomar uma decisão rápida – e enérgica – sobre o caso Daniela Santana, a secretária de Educação, Ilza Mateus, joga por terra o bonito discurso de combate á todas as formas de discriminações dentro do ambiente escolar.

Para quem não lembra, Daniele Santana Gomes, professora da Rede Municipal de Educação de Campo Grande, tem alguns fortes e públicos posicionamentos, tais como: todo gordo é feio; a civilização pode ser extinta devido aos gordos; e, mais espantoso, bullying não existe. 

Todas as falas acima publicadas em rede social e denunciadas. Arrependimento? Nenhum. Daniela manteve o discurso com direito a live (vídeo ao vivo no facebook) gravada em frente à um colégio municipal que dá aula.

Agora ficam questionamentos: como essa professora (de artes) trata seus alunos acima do peso? Alguém sabe? Não, ninguém sabe, até porque o ambiente escolar da Capital parece jogado às traças...

“A Semed está tomando todas as providências com relação ao caso e adotará os procedimentos conforme o estatuto do servidor”, fala a Semed sobre Daniela.

Ao adotar tal procedimento, agora sim na prática, a Semed demonstra que o bullying escolar – maior causa de suicídios em países do mundo inteiro – não é a maior preocupação em Campo Grande. Uma pena...