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Na Lata

Na Lata: Do berço humilde ao resplendor, empresário tem muito a explicar sobre o passado

Empresário que denunciou Reinaldo é velho conhecido do poder público e sempre esteve em meio a polêmicas

13 outubro 2017 - 11h57Por Rei Julien e os Pinguins de Madagascar

O bom de quando se joga uma indireta, algumas caem como recibo. E se pelos cotovelos já causa imagine junto com um Na Lata? Pois é, e foi só tocar em apelidos, mesmo sem citar nomes, já teve muita coisa chegando à redação mais TOP.

A bola, ou cabeça, da vez foi certo empresário com apelido de “Cabeça Branca”. Bastante conhecido no mundinho fiscal, ele sempre foi homem de bastidores, mas talvez cansado de ser apenas coadjuvante, resolveu protagonizar cena que não era dele.

O problema é que se esqueceu de dois importantes ditados: o primeiro é que passarinho que come pedra sabe como vai fazer para sair e o bom cabrito não berra, mas também não morre. E bastou ele “botar a cara no sol” que a pedrada já veio em forma de lembranças.

“O cabeça Branca, já trabalhou na SEFAZ, era da mirim Seleta, trabalhando na xerox , lá aprendeu a falsificar diplomas de ensino médio. Claro, que tudo abafado, porque era menor. Foi contratado por empresa ‘digital’ para trabalhar na Agência Fazendária quando maior. Com total confiança do chefe, e dos superintendentes. Pessoa de lar humilde. Que merecia uma chance. Ganhava bem”, conta quem conhece pelo menos 40 anos de história do Estado.

Foi aí que tudo começou a mudar. “De repente um lote inteiro de notas fiscais sumiram, o motorista foi buscar as NF e não chegaram. Até hoje o motorista jura que entregou. O chefe, e as pessoas que receberam juraram de pé junto que não receberam”.

E como memória pouca é bobagem, a saga do “Cabeça Branca” continuou. “Foi um escândalo. Saiu nos jornais, mas tudo abafado. Depois de seis meses começaram a aparecer as notas, mas como era tudo manual, apenas algumas foram canceladas e não havia controle de numeração. E continuou a subida, chefe da Agenfa se aposentou e o braço direito assumiu, continuando o esquema. E o tal “cabeça branca”, rapaz de 20 e poucos anos, ficou muito bem. Assim começou a história, que os antigos sabem, afinal, são apenas 40 anos de Estado”.

E como história tem que ter final – ou não, vai da imaginação de cada um, os desfechos foram os esperados – ou não. “O motorista nunca foi mandado embora. Mas ficou marcado. Não teve culpa nenhuma, antigamente tudo era fácil. Tudo manual. Agora, o famoso cabeça branca ficou o questionamento. Como chegou a presidente de associação de frigoríficos, curtume? Alguma vez foi dono? Uma pessoa que morava numa casinha emprestada. Se foi trabalho parabéns, mas no fundo, quem conhece a história, sempre vai ter um pezinho atrás. Ainda mais depois de aparecer delatando esquema que pode inclusive, ter feito parte”...

E esse é o preço de querer ser protagonista da história alheia.