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Polícia

Advogados presos na Papiros de Lama entram com pedido de habeas corpus no TRF3

O processo foi distribuído para o desembargador Paulo Fontes, responsável por liberar da cadeia André Puccinelli e o filho

16 novembro 2017 - 10h55Por Diana Christie

O advogado André Borges ingressou com pedido de habeas corpus em favor de João Paulo Calves e Jodascil Gonçalves Lopes no TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região). Eles foram presos temporariamente na 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, a Papiros de Lama, na terça-feira (14) e estão detidos no Presídio Militar.

André Borges destaca que as chances de liberação são grandes, "até porque meus clientes estão longe de serem os personagens principais da Lama Asfáltica".

O processo de Calves e Lopes foi distribuído para o desembargador Paulo Fontes, responsável por liberar da cadeia o ex-governador André Puccinelli (PMDB) e o filho dele, André Puccinelli Junior, ainda ontem (15), durante o feriado de Proclamação da República. 

João Paulo e Jodascil Lopes são professores no Instituto Ícone de Ensino Jurídico. Para a PF (Polícia Federal), a empresa era usada para lavagem de dinheiro do pagamento de propinas para o ex-governador e o filho dele.

"Se entende que o Ícone de Direito é o instituto que repassou valores ao senhor André Puccinelli Junior, tendo recebido desde a JBS quanto da Águas Guariroba valores de livros comprados da editora Saraiva, pois são repassados valores de direitos autorais, que são vários milhares", revela o delegado regional de combate ao crime organizado da PF, Cleo Mazzotti.

Segundo a PF, as empresas continuaram pagando propinas ao grupo ligado ao ex-governador mesmo depois que ele deixou o poder. As informações coletadas através de documentos foram corroboradas através de delação premiada de Ivanildo da Cunha, conhecido como 'cervejeiro'.

"Dois pontos, o Ivanildo admitiu que era operador. A JBS disse que entregou, Ivanildo garante que recebeu e repassou o dinheiro. Não é só o testemunho dele, documentos comprovam. É claro que quem paga propina não vai dar um recibo. No caso da Lama Asfáltica não teve recibos, mas teve planilhas", explica Cléo Mazzotti.

* Matéria atualizada às 11h02 para acréscimo de informações