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Polícia

22/09/2017 11:30

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Após atentados, agentes penitenciários paralisam atividades e presos ficam sem visitas

Manifestação deve durar 24 horas; objetivo é chamar atenção para precariedade do sistema carcerário em MS

Os servidores penitenciários paralisarão suas atividades nas 54 unidades prisionais de Mato Grosso do Sul no próximo domingo (24). A mobilização tem o intuito de chamar a atenção do governo em relação ao descaso e a falta de infraestrutura para garantir a segurança dos agentes e detentos dentro que cumprem pena nos presídios.

Devido ao manifesto, não haverá banho de sol; visitas; entrega de alimentação e pertences aos presos; liberação para trabalho; atendimento aos advogados; atendimento aos oficiais de justiça; liberação de presos dos regimes aberto e semiaberto para visitação em domicílios; assistências penais, educacionais, laborativas e religiosas; atendimento a saúde, exceto em casos de urgência e emergência e recebimento de preso.

O presidente do Sindicato pede a compreensão e apoio de toda a sociedade e principalmente dos familiares dos detentos. “A mobilização coletiva em prol das melhorias do Sistema prisional devido a forma desumana e caótica que afeta tanto os agentes quanto os detentos, por isso pedimos o apoio e compreensão dos familiares dos presos que também sofrem com essa falta de estrutura e não conseguem cumprir sua pena com condições humanas para que assim de fato aconteça a tão desejada ressocialização. Paralisar o trabalho é a única forma de pressionar o Governo para garantir o mínimo de segurança e condições de trabalho”, ressalta o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários, André Luiz Santiago.

Mato Grosso do Sul tem apenas 1.600 servidores e, destes, somente 900 fazem a custódia dos cerca de 16 mil detentos. “Estamos trabalhando acima do limite. Todos os dias temos um pouco mais de 200 agentes para cuidar de uma massa carcerária que é considerada a maior do país por habitante.  O que dá uma média de 200 ressocialização para cada servidor. Enfrentamos cinco envenenamentos, dois atentados e são sete pessoas marcadas para morrer. Sem falar nos atentados em Coxim e Naviraí”, explicou Santiago.

O agente penitenciário trabalha 24 por 72 horas e tem vencimento na ordem de R$ 3,1 mil, o menor da Segurança Pública no Estado, e um dos piores do País, conforme o presidente do sindicato da categoria.

O déficit de servidores atinge o patamar de 13 mil agentes. De acordo com o sindicato, faltam quase 12 vezes o número suficiente de agentes. “São quase 16 mil presos num sistema superlotado que precisaria ter mais 7 mil vagas para termos condições de trabalhar conforme a LEP (Lei de Execuções Penais)”, alerta Santiago.

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