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Polícia

27/04/2017 18:28

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Apesar de alegar possessão demoníaca, lutador é condenado a dez anos por matar engenheiro

Porém, pena foi reduzida por conta de problemas psquiátricos do réu

O lutador de jiu-jitsu, Rafael Martinelli Queiroz, 29, foi condenado na tarde desta quinta-feira (27), a dez anos de prisão por matar o engenheiro Mauro Luiz Ferreira, no Hotel Vale Verde, em Campo Grande, em 2015. O juri popular não aceitou os argumentos da defesa do réu de que ele cometeu o crime por estar 'possuído por demônios'. 

Durante o julgamento, que durou toda a quinta-feira (27), a defesa de Rafael alegou problemas  psiquiátricos e posteriormente espirituais.

Conforme laudo pericial levado à Justiça, o lutador de jiu-jitsu, que estava na Capital para um campeonato de artes marciais no Círculo Militar, é semi-inimputável  e isso foi levado em consideração, resultado na diminuição da pena, que teria tempo mínimo de 15 anos de reclusão. 

O advogado de Rafael, Juliano Ribeiro, sustentou que o lutador era tido como uma pessoa pacífica por aqueles que conviviam com ele, mas que sofria de problemas psiquiátricos, como chorar sem motivos e conversar sozinho. 

Embora o próprio cliente negasse possessão espiritual, a defesa alegou que o crime foi motivado por influência maligna. Nos relatos, o advogado diz que quando o condenado entrou no quarto do engenheiro, viu a capa de um livro da vítima, onde havia uma figura de uma pessoa alta dando um passe espiritual em uma pessoa baixa, e que naquele momento Rafael interpretou como sendo ele e o engenheiro representados na figura. Nesse momento, segundo a defesa, o demônio que estava em Rafael percebeu algum coisa de estranho na vítima, o que teria o atraído e levado ao cometimento do assassinato. 

''O Rafael chegou a dizer que era um 'cavalo branco de Exú', narrou o advogado, na tentativa da convencer o juri sobre um suposto problema de forças ocultas. Além disso, Juliano diz que a cadeia não é o lugar adequado para tratar o problema de seu cliente. 

Para o Ministério Público, o réu sabia o que estava fazendo e por isso desconsiderou o laudo pericial e pediu pena máxima para Rafael. 

A condenação de Rafael se deu por homicídio qualificado, por meio cruel e por não dar chance de defesa à vítima.  

Alívio

A mulher da vítima, Juliana Araujo, contou que ficou feliz e satisfeita com o resultado. ''Entendo também que a família do Rafael está sofrendo, assim como a minha sofreu muito, mas agora eles vão ter sossego e o Paulo vai poder descansar em paz'', explicou. 

 

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