Alex Armindo Anacleto de Souza foi condenado a 26 anos de prisão por assassinar e ocultar o corpo de sua ex-mulher, Isis Caroline da Silva, de 21 anos. O julgamento aconteceu na tarde de ontem (18), em Ribas do Rio Pardo. Este foi o primeiro caso considerado feminicídio no Estado de Mato Grosso do Sul.
O crime aconteceu às 17h do dia 1º de junho de 2015, próximo ao Córrego Mutum, localizado na estrada que dá acesso à Usina Hidrelétrica São Domingos, em Ribas do Rio Pardo. O acusado, com flagrante intenção de matar, esganou a vítima. Posteriormente, ele jogou o corpo de Ísis no córrego, com o objetivo de ocultar o cadáver.
Alex foi condenado por homicídio qualificado, com as qualificadoras de motivo torpe, motivo fútil, meio que dificultou a defesa da vítima, feminicídio e ocultação de cadáver.
Conforme os autos, no dia do crime, o acusado colocou a vítima no carro e seguiu pela rodovia BR-262, sentido a Água Clara. No caminho, em uma estrada vicinal, o réu parou o veículo nas margens do córrego e asfixiou a jovem.
Ao perceber que a mulher estava morta, Alex arrastou o corpo da vítima para dentro do córrego e o soltou, rio abaixo, para que a correnteza da água o levasse para longe, impedindo que fosse descoberta a autoria do crime.
Conforme testemunhas, Ísis sofria várias ameaças de Alex, inclusive, a jovem já teria sido torturada e estuprada pelo réu, razão pela qual ele foi preso. Poucos meses depois que saiu da cadeia, ele matou Ísis. O cadáver foi encontrado cinco dias após o crime, em avançado estágio de putrefação. Preso, o réu negou o assassinato, confirmando que esteve com a vítima e a deixou caída à beira do rio.
(Quando a vítima foi torturada. Ela foi estuprada e teve sua cabeça raspada, meses antes de ser assassinada pelo acusado)