A Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio (DEH) apresentou, nesta terça-feira (29), quatro pessoas envolvidas em um homicídio ocorrido no dia 29 de janeiro deste ano. No dia, Hélio Teixeira da Costa, de 28 anos, foi vítima de esgorjamento, sendo equivalente a quase uma decapitação. O crime bárbaro ocorreu dentro de um centro de umbanda, localizado no Bairro Tijuca, em Campo Grande.

Na época em que ocorreu o crime, os envolvidos disseram à polícia que estavam em uma festa regada a bebida no terreiro de umbanda da 'Mãe Maria', identificada como Ana Maria Calixto, de 55 anos.  Durante a incorporação de Mãe Maria, Hélio também havia incorporado o Exu Sete Facadas e, durante a festa, os 'espíritos' teriam se desentendido e uma briga foi iniciada.

Durante a briga, os autores apontados pela polícia como Gleibson José de Lira, vulgo Lagoa, de 35 anos, e seu irmão, José Glebson de Lira, o Lagoinha, de 34 anos, junto com Lucas Rodrigues, de 18 anos, e mais um que está foragido, teriam espancado a vítima. Lucas teria assumido a autoria do crime. Após a sessão de espancamento, o grupo colocou a vítima em um Fiat Pálio e teria descartado o corpo próximo ao Aeroporto de Campo Grande.

As prisões dos envolvidos ocorreram na segunda-feira (28), no próprio terreiro. No local, a polícia encontrou várias facas.

Prostituição

Durante as prisões, os policiais encontraram uma menor de idade, de 17 anos, que estaria envolvida em prostituição e era agenciada por Mãe Maria em local próximo ao terreiro com outras mulheres. Segundo a polícia, cada programa custava R$ 230, sendo divido entre as mulheres e Mãe Maria.

Todos foram presos e devem responder por homícidio doloso qualificado e ocultação de cadáver. Os suspeitos afirmam que Mãe Maria não teria envolvimento no crime, e Mãe Maria afirma que não se lembra do ocorrido porque estava incorporada.