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Polícia

há 6 anos

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Caso Tom Brasil: dançarino teria quebrado braço de quem denunciou abuso de aluna

Agressão ocorreu porque mulher não aceitou apresentação dele em festa

Desde que a bailarina Cissa Nogueira denunciou o coreografo  Ewerton Cesar Ferriol Icasati, o Tom Brasil em uma postagem via redes sociais, novas vítimas que registraram boletim de ocorrência, ou outros casos antigos vieram à tona. Um desses casos foi de uma professora que foi vítima de agressão do dançarino em outubro do ano passado, que resultou em um braço quebrado.

Segundo consta no boletim de ocorrência e no relato da professora , que pediu para não ser identificada, Tom se exaltou ao ser confrontado por ela.

“Eu sabia que ele abusava de uma aluna adolescente que eu tinha (como aluna). Tentamos denunciar e não foi possível, quando vi que ele foi contratado para dançar numa festa do dia dos professores eu não me contive e falei que não aceitava. Meu papel de educadora não aceita isso”, afirmou.

A professora também tinha um desentendimento antigo com a esposa do bailarino, o que aumentou a discussão. “Eu também discuti, mas foi com ela. Ele me empurrou e eu cai, quando eu já estava no chão, ele deu um chute tão forte em mim, que quebrou meu braço”, contou mostrando a imagem de um exame de raio-x feito na ocasião.

O processo ainda corre na justiça. “Finalmente alguém teve coragem, minha ex-aluna ainda sofre nas mãos dele. É uma lavagem cerebral e a esposa dele aceita, porque também faz sexo com as ameninas”, denuncia.

Mais abuso

Outra jovem também denunciou ter sido vítima. “Ele me viu dançando num lugar que eu estava, um show e me chamou para ser bolsista. Até ali achei normal. Quando comecei as aulas, tudo era normal. Então, um dia ele me disse que era para fazermos aulas particulares, porque eu precisava chegar no mesmo nível das outras meninas”.

Foi aí que ela descobriu qual era o nível. “Em uma dessas aulas ele tentou abusar de mim sexualmente e eu relutei. Um dia, durante uma viagem, ele entrou no meu quarto no hotel e forçou tanto, que acabei cedendo, mas fiquei com muito nojo. Muito envergonhada. Quando isso aconteceu, eu mudei completamente”, narra.

Segundo ela, a partir daí, como não quis mais ter relações com Tom Brasil, ele acabou excluindo a bailarina das apresentações. “Comecei a ser excluída, porque não cedia, não aceitava transar com ele. Saí da companhia e ele foi na minha casa pedir desculpas. Ele entrou na minha casa com a desculpa de falar isso e lá mesmo tentou me atacar de novo. Só não aconteceu o pior porque minha mãe chegou”, afirma, informação que inclusive consta no boletim de ocorrência.

“Algumas pessoas falam da demora que tivemos em denunciar, mas quando acontece, a gente não tem discernimento pensa se deu ou não motivo. E eu não conseguia entender. Eu sinto nojo, vergonha, e cada uma de nós estamos nos libertando. Só esperamos que a justiça seja feita”, desabafa.

Outro lado

Ewerton rebateu e fez boletim de ocorrência por calúnia e difamação contra Cissa Nogueira, porém, não prestou informações sobre os outros casos. Foram enviadas mensagens aos perfis de redes sociais que apesar de lidas, não foram respondidas. Os perfis foram apagados.

Uma irmã dele entrou em contato com a redação, afirmando que ele iria responder as acusações. A reportagem entrou em contato, porém, não foi dada resposta e o contato telefônico não foi possível.

Programa de TV

O coreografo é responsável pelo corpo de baile do programa do apresentador e ex-vereador Vanderlei Cabeludo. A reportagem conversou com as vítimas e elas foram unanimes em dizer que o ex-vereador sempre as tratou com respeito e zelo, não havendo nenhuma queixa contra ele. 

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