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Polícia

13/06/2017 11:15

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Com decisão de boicotar concurso, Sinpol recebe críticas e perde força em manifestação

Mais de 15 mil pessoas fizeram incrições para o concurso nos primeiros quatro dias da liberação do edital

O anúncio de que o Sinpol (Sindicato da Polícia Civil) ingressaria com uma ação judicial para suspender o concurso público para preenchimento de 210 vagas para delegado, escrivão e investigador desapontou ‘concurseiros’, que vem se preparando para a prova há anos, e está sendo muito criticada pela Adepol (Associação dos Delegado de Polícia).

O resultado tem se refletido também no acampamento realizado pelo sindicato em frente à governadoria, que sofre com esvaziamento. “A ação judicial proposta não tem fundamento jurídico sério, cujo objetivo é qualquer outro e não a defesa da sociedade”, diz a presidente da Adepol, delegada Regina Márcia Mota.

Ela afirma que “a realização do concurso não gera impacto financeiro algum neste exercício, pois é sabido que da abertura do edital a efetiva contratação e lotação decorre ao menos um ano”. A delegada ainda assinala que o concurso é esperado por muita gente, principalmente pelos moradores dos municípios que não contam com delegado, daí a necessidade de se fazer o concurso e garantir a lotação de 23 delegados nessas localidades.

O bacharel em direito Tiago Bandeira está se preparando há cinco anos para disputar uma vaga para delegado da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Enquanto aguardava pelo edital do concurso, disputou em vários outros estados e em alguns foi aprovado. Mas preferiu ficar em Mato Grosso do Sul e, no dia 19 de maio deste ano, foi nomeado para o cargo de agente penitenciário.

Ele integra o rol de candidatos que estão preocupados com a decisão do Sinpol. “Por ser um candidato experiente em concurso, com bagagem nessa área, já enfrentei concurso que foi suspenso quando estava dentro do ônibus, então isso me preocupa muito. Isso prejudica o candidato”, afirma.

Nas escolas preparatórias para concursos públicos, a opinião dos alunos é de que a pretensão do Sindicato da Polícia Civil entrar com ação pedindo a suspensão do edital não deve prosperar. “Quando o Sinpol soltou a nota gerou uma preocupação dos candidatos, mas depois eles chegaram à conclusão de que a ação não prospera, e o concurso vai ser realizado”, afirma Diego Araújo, coordenador de cursos da Libera Limes, de Campo Grande.

Onei Fernando Savioli, diretor da escola Neon Concursos, também está na expectativa da continuidade do concurso. Segundo dele, desde a publicação do edital, a procura tem sido grande. Ele diz que há alunos que há um ano estão se preparando para as provas da Polícia Civil. Essa turma tem 100 pessoas e a escola está formando mais duas turmas de 100 alunos.

“A procura aumentou sensivelmente, muitas pessoas estavam aguardando ansiosamente por esse concurso e hoje, de 80% a 90% da procura é para os cursos preparatórios para o concurso da Polícia Civil”, segundo Diego Araújo. A Libera Limes também está abrindo novas turmas para preparar os candidatos para as provas.

Números

Nos primeiros quatro dias, mais de 15 mil pessoas haviam feito a inscrição para o concurso e o número vem crescendo a cada dia. No sentido inverso, segue o movimento coordenado pelo Sinpol, que começa a perder força. Uma semana após a montagem do acampamento no canteiro central da avenida em frente a Governadoria, o número de faixas e cartazes é bem maior que o de manifestantes.

Neste concurso estão sendo oferecidas 100 vagas para escrivão, 80 para investigador e 30 para delegado. O salário para os dois primeiros cargos é de R$ 3.888,26 e para delegado, R$ 14.978,26. O prazo para se inscrever vai até o dia 10 de julho e a taxa é de R$ 197,00.

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