A defesa do agente penitenciário federal Joseilton de Souza Cardoso,34, disse, na tarde desta terça-feira (3), que os depoimentos de 18 pessoas levam a crer que houve briga antes da morte da vítima, o pedreiro Adílson Silva Ferreira dos Santos, 23. O crime ocorreu na madrugada do dia 24, na saída de um show sertanejo em Campo Grande.
Segundo o advogado José Roberto Rodrigues da Rosa, o primo da vítima, que estava na cena do crime, teria mudado o depoimento dado à polícia horas após o ocorrido.
Joseilton, que está preso em uma cela do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate), foi ouvido hoje. A defesa dele salienta que não há qualificadoras para o crime e que, com o andar das investigações, ele espera que seja classificado para lesão corporal seguida de morte. Adílson foi morto com um tiro no peito, segundo a polícia.
''As provas caminham para que haja entendimento de legítima defesa, porque houve uma briga, ele também foi agredido e na confusão disparou um tiro. Não vou endemonizar a vítima, que merecia estar viva, mas o Joseilton não tinha intenção de matar ninguém naquela noite'', explica o advogado.
O delegado Paulo Sá, da 3ª Delegacia de Polícia, aguarda que os laudos sejam apresentados até o final desta semana, para comprovar as marcas nos corpos dos dois.
Paulo diz que, apesar de ter aparecido hoje na delegacia com feridos nos lábios e hematomas, no dia do crime o suspeito não aparentava ter nenhum machucado.
''A prova técnica é a rainha das provas. Briga onde só um apanha não é briga. Não posso seguir a investigação só com depoimentos, tenho que analisar os fatos em sua totalidade'', esclareceu a autoridade.