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Polícia

09/03/2018 13:02

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Defesa diz que fisioterapeuta foi vítima de grave erro de investigação sobre estupro

Advogados também querem investigação dos responsáveis pelo vazamento de informações sigilosas

A defesa do fisioterapeuta de 39 anos emitiu uma nota de esclarecimento, nesta sexta-feira (9), informando possível erro durante a investigação do estupro de um adolescente de 13 anos no banheiro de um hipermercado na Capital. Ele foi liberado ontem (8) da prisão, após aparecimento de novos fatos.

Segundo os advogados Carlos Marques e Murilo Marques, as imagens completas das câmeras de segurança do supermercado mostram que, no período em que o menor esteve no banheiro, entraram sete pessoas no local, o que “tornou impossível a participação” do fisioterapeuta no crime, “se é que algum crime efetivamente ocorreu”.

“Por torça dessa constatação, verificou-se o gravíssimo erro cometido contra o cidadão JLPJ, que foi posto em liberdade, inclusive com o consentimento e apoio do Ministério Público, e as investigações prosseguem agora, no âmbito da Delegacia de Polícia, para que a delegada investigue adequadamente os fatos e explique os motivos pelo qual indicou JLPJ como o autor do suposto crime, requerendo inclusive sua prisão preventiva, sem que tenha investigado os demais participantes da cena do suposto crime”, justifica a defesa.

Conforme os advogados, o fisioterapeuta estava no supermercado no dia dos fatos e, realmente, utilizou o banheiro, mas estava no local acompanhado da esposa e da filha de 9 anos, apenas com o intuito de comprar almoço e efetuar o pagamento de uma conta na Casa Lotérica localizada no estabelecimento. “Nada mais que isso”, enfatizam.

“Verifica-se, portanto, a gravidade da indicação do mesmo como autor do suposto crime, sem o menor Indício ou circunstância. Um erro grave que está custando caro demais para a vida do cidadão JLPJ, que buscará as reparações devidas após a conclusão do Inquérito”, finaliza a defesa, explicando que também quer investigação dos responsáveis pelo vazamento de informações sigilosas.

O caso

Na terça-feira (6), o suspeito foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de estupro, conforme anunciou o titular da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), Paulo Sérgio Lauretto.

Conforme as investigações, no dia 9 de fevereiro, um garoto e amigos aproveitaram a folga no colégio e foram até o estabelecimento comprar doces. A vítima foi ao banheiro e instantes depois o suspeito teria entrado.

No dia da prisão, a delegada Marília de Brito explicou que o menino foi ao mictório, mas que ao ser observado pelo fisioterapeuta, teria ido para a privada fechada. Lá, ele teria sido prensado pelo fisioterapeuta, que o obrigou a fazer e receber sexo oral.

No entendimento da delegada, o agressor teria imprensado e impedido a vítima de sair dali.

Depois do crime, o menino entrou em estado de choque. Os amigos o socorreram e a vítima avisou o irmão e a mãe, que denunciou o caso à polícia.

O menino violentado o reconheceu por foto e presencialmente, diz a polícia, que possui ainda laudo pericial do caso. O inquérito está em sigilo, já que a vítima é menor de idade.

A família do suspeito acredita na inocência dele e disse que a Justiça vai provar isso.

* Matéria alterada às 9h44 de 12/11/19 para retirada do nome do suspeito, que foi inocentado judicialmente.

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