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Polícia

09/01/2017 09:07

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Demora para prisão de PRF que matou empresário indigna campo-grandenses

Segundo enquete realizada pelo portal, 89% dos leitores não acredita que ele não oferece risco à sociedade

Em enquete realizada pelo TopMídiaNews, 89% dos leitores discordou da decisão judicial que manteve o policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, 46 anos, por quase quatro dias em liberdade. Ele matou a tiros o empresário Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, durante uma briga de trânsito na madrugada do dia 31 de dezembro de 2016.

Do outro lado, 11% dos campo-grandenses que participaram da enquete consideram que Ricardo Moon não oferece risco à sociedade. Em primeiro momento, o Judiciário concedeu a liberdade provisória do autor desde que ele ficasse afastado do cargo, sem poder portar armas de fogo e sem poder deixar o país sem autorização judicial, apesar da nacionalidade coreana.

Para reverter a sentença anterior e decretar a prisão do policial rodoviário federal, o juiz José de Andrade Neto justificou que o Ministério Público Estadual apresentou fatos novos para a investigação. Moon foi preso na última quinta-feira (5), mas não foi apresentado à imprensa, como geralmente ocorre nesses casos.

O crime

Conforme a polícia, Ricardo e a vítima teriam se envolvido em uma briga de trânsito, quando autor sacou a arma e disparou cerca de sete vezes contra o empresário. Um adolescente de 17 anos, que também estava no veículo, foi atingido na perna. Ferido, Adriano perdeu o controle da direção e bateu com a caminhonete em um poste. Ele morreu na hora.

A briga teria começado após o empresário 'fechar' o policial no trânsito. O suspeito estava fardado no momento do crime e seguia para o interior do Estado, onde estava escalado para trabalhar. Entre os pontos que geram dúvida sobre o caso, está a demora em decretar a prisão em flagrante do policial, instantes depois do crime, mesmo diante de todas as evidências colhidas no local.

Testemunhas questionam o fato de tamanha agressividade por parte do policial, que utilizou de uma arma potente da corporação contra uma família desarmada e desprotegida. Sendo agente da Polícia Rodoviária Federal, ele deveria estar preparado psicologicamente para situações de nervosismo extremo. Também teria condições de fazer um acompanhamento tático do veículo em questão enquanto chamasse reforço da Polícia Militar.

A Polícia Civil chegou a se defender de eventual prática de prevaricação e de favorecimento pessoal dos policiais militares e demais pessoas que, “comparecerem ao local dos fatos que, além de supostamente não haverem dado voz de flagrante ao autor, permitiram que se evadisse do local e trocasse de roupa para comparecer à Delegacia de Polícia".

“O compromisso da Polícia Civil é apenas com a verdade real dos fatos. Tudo em torno da ocorrência está sendo verificado para que a verdade seja esclarecida. A Polícia Civil busca agilizar todas as diligências e oitivas necessárias para apurar o caso com a maior rapidez possível e não faz o seu trabalho baseado em hipóteses e sim, apura a verdade dos fatos”, declarou em nota.

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