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TRANSPARÊNCIA GOV MS
Polícia

Mais restrita que no RJ, MS já sofreu duas intervenções militares em apenas três anos

Medida autorizou Exército a atuar em presídios e conflitos indígenas

16 fevereiro 2018 - 17h20Por Thiago de Souza e Celso Bejarano

Mato Grosso do Sul já sofreu duas intervenções militares no governo Reinaldo Azambuja (PSDB). Uma foi em 2015 e outra 2017, para garantir que o Exército Brasileiro atuasse em conflitos indígenas e em presídios estaduais.

O assunto intervenção militar veio à tona desde que o presidente Michel Temer (PMDB) decretou a medida extrema no estado do Rio de Janeiro. Embora a situação da segurança pública em Mato Grosso do Sul inspire cuidados, é menos complexa que no estado fluminense.

A medida que autorizou o Exército a atuar em situações específicas no estado é constitucional e se chama 'GLO' (Garantia da Lei e da Ordem). Neste caso, a solicitação foi feita pelo Governo do Estado em novembro de 2015, à então presidente Dilma Rousseff (PT), para intervir em conflitos entre indígenas e produtores rurais nas cidades de Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista e Ponta Porã.

Em maio de 2017, outra 'GLO' foi decretada, desta vez para que o Exército apoiasse as ações policiais em presídios de Dourados. Os militares utilizaram cães farejadores, scanners, detectores de metal e drones. Conforme o secretário de Estado, Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, os militares amparam as forças locais provendo segurança nas ações. 

Secretário quer renovar 'intervenção' do Exército em MS. (Foto: Celso Bejarano)

Renovação

A GLO pedida para o Exército intervir em presídios expirou em dezembro de 2017. Agora, o governo trabalha para renovar a medida, que pode dar sustentação para pedir intervenção também em regiões de fronteira com o Bolívia e o Paraguai, passagem de grande parte das armas e drogas que entram no país. Segundo Videira, Antonio Videira, o pedido já está com o Governo Federal.

O governo do Estado esclarece que, mesmo sem intervenção militar, as Forças Armadas já contribuem com a segurança nas fronteiras, atuando na logística, destruição de armamento apreendido e informação junto a forças policiais do estado e da Polícia Federal.