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Polícia

'Ele ameaçava jogar ácido no rosto dela', diz irmão de Mayara em audiência

Roberson Batista da Silva, 32 anos, está preso desde o dia 6 de novembro. Ele matou Mayara Fontoura Holsback, 18 anos

09 abril 2018 - 19h00Por Kerolyn Araújo

Em meio a constantes ameaças. Era assim que Mayara Fontoura Holsback, 18 anos, vivia com Roberson Batista da Silva, 32 anos. Ele matou a jovem a tesouradas na madrugada do dia 15 de setembro do ano passado na casa da vítima, no bairro Universitário.

Durante audiência realizada na tarde desta segunda-feira (09), o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, ouviu três testemunhas de defesa e duas de acusação, sendo uma delas o irmão da vítima, Patrick Fontoura, com quem Mayara morava.

Conforme a testemunha, a relação da irmã com o suspeito sempre foi conturbada e com constantes ameaças. ''Ele ameaçava cortar o cabelo da minha irmã e jogar ácido no rosto dela", contou.

Segundo Patrick, Roberson era extremamente ciumento, ao ponto de não deixá-la praticar esportes, como corrida. ''Ela não podia caminhar, andar de bicicleta e nem ir na casa da mãe. Ela tinha que ficar presa em casa''.

Mayara mudou para a casa dele, onde ocorreu o crime, em janeiro de 2017. ''Ela morava no apartamento do Roberson, na Avenida Afonso Pena. Ela deixou o local sem avisá-lo e foi para a minha casa. Ela pediu que eu não contasse onde ela estava morando".

Roberson descobriu onde a vítima estava morando e ameaçou mandar dois homens ao local para incendiar a casa. ''Ele me mandava mensagens me ameaçando de morte''. Durante os meses que Mayara ficou morando na casa do irmão, ela chegou a fazer visitas para Roberson no presídio. 

Um dia antes do crime, já em liberdade, Roberson foi até a casa de Mayara e, de lá, os dois seguiram para a casa da mãe da vítima, onde fizeram churrasco. Quando retornaram para casa, Mayara acabou assassinada. O irmão estava viajando na ocasião.

Para Patrick, além do ciúmes excessivo, o crime foi motivado porque a irmã não queria mais se relacionar com o suspeito. 

Uma nova audiência será realizada no dia 16 de abril, quando o suspeito será ouvido pelo juiz.